MENOPAUSA

Risco de problemas de saúde aumenta em mulheres na menopausa

A menstruação ou, mais especificamente, a falta dela, não é a única coisa que muda quando a mulher entra na menopausa. Se por um lado isso representa um alívio, pois os sintomas da TPM desaparecem, tal como a preocupação com a possibilidade de uma gravidez, podem ocorrer outras mudanças e afetar significativamente a qualidade de vida da mulher e aumentar a probabilidade desta desenvolver alguns problemas de saúde.

Risco de problemas de saúde aumenta em mulheres na menopausa

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Assim, o acompanhamento médico é fundamental neste período, principalmente para adotar medidas preventivas e garantir um início de menopausa mais saudável e sem stress.

Quanto aos problemas de saúde, as mulheres costumam pensar que o cancro da mama é a sua maior ameaça, mas o perigo mais significativo que enfrentam após a menopausa é a doença cardíaca.

A verdade é que a menopausa pode aumentar o risco de doenças cardíacas em até 2 vezes, principalmente se ela ocorrer precocemente (antes dos 40 a 45 anos de idade). A falta do estrogénio acarreta um aumento dos níveis de colesterol, elevando o colesterol LDL (o mau colesterol) e diminuindo o colesterol HDL (o bom colesterol), além de predispor para um aumento da pressão arterial que, somados à resistência insulínica e piora da composição corporal, que acontecem normalmente nesta fase, resultam na síndrome metabólica.

Os transtornos no sono são comuns após a menopausa e muitas vezes são negligenciados por serem atribuídos ao processo natural de envelhecimento. Começar a ressonar, fazer pausas respiratórias, ter insónias, um sono agitado e sonolência diurna podem ser sinais de apneia do sono. Mas a privação do sono ou um sono de má qualidade também são fatores de risco para a obesidade e hipertensão arterial.

A idade por si só aumenta o risco de se desenvolver diabetes, no entanto, as mudanças que ocorrem nesta fase como, por exemplo, a mudança da composição corporal com predomínio de gordura abdominal e ganho de peso e o aumento da resistência insulínica, elevam ainda mais esse risco.

A deficiência estrogénica aumenta a reabsorção óssea, logo, a densidade mineral óssea diminui. Os ossos ficam mais frágeis e susceptíveis a fraturas ao mínimo impacto, ou mesmo espontâneas. A prevenção da osteopenia/osteoporose deve ser iniciada antes da menopausa, pelo que a mulher deve garantir um aporte adequado de cálcio na dieta, praticar regularmente uma atividade física de impacto e manter níveis adequados de vitamina D, seja através da suplementação ou da exposição solar.

Os distúrbios urinários são outra das consequências da falta de estrogénio. Cistite de repetição e incontinência urinária no período do climatério ou na menopausa deve fazer o médico pensar no hipoestrogenismo como causa do afinamento da uretra, enfraquecimento dos músculos do assoalho pélvico e aparecimento de infeções do trato geniturinário.

O endocrinologista deve reconhecer esses riscos e avaliar os prós e contras do tratamento da menopausa com a terapia de reposição hormonal. Quando a reposição hormonal é indicada após uma avaliação individualizada, os benefícios superam os riscos e o tratamento vai possibilitar uma melhor qualidade de vida e ajudar na prevenção de doenças como obesidade, osteoporose e diabetes.

Fonte: Tupam Editores

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