Cientistas da Universidade de São Paulo, no Brasil, desenvolveram um chocolate funcional com microrganismos vivos que trazem benefícios à saúde humana.

Juntamente com as propriedades antioxidantes presentes no cacau, os probióticos adicionados ao alimento mostraram melhorar as funções gastrointestinais, reduzir o risco de obstipação e a possibilidade de desenvolvimento de várias doenças, como o cancro do colon.

Os cientistas afirmaram que o chocolate meio amargo probiótico poderá ser uma alternativa mais saudável aos produtos com chocolate existentes no mercado.

Os probióticos Lactobacillus acidophilus e Bifidobacterium animalis foram encapsulados em gordura vegetal para proteger os microrganismos do contacto com o oxigénio, a humidade e outros ingredientes do chocolate.

Esses probióticos são similares aos presentes naturalmente no organismo humano e que vão desaparecendo ao longo da vida devido ao consumo de alguns alimentos industrializados que afetam a flora intestinal, como o açúcar, e ainda devido à ingestão de medicamentos e ao stress, por exemplo.

Esses microrganismos desempenham um papel fundamental no fortalecimento do sistema imunológico e estão associados à prevenção de doenças gastrointestinais, redução da biossíntese do colesterol, inibição de células cancerígenas e possuem ainda atividade antimicrobiana contra a Helicobacter pylori e outros fungos.

A ingestão regular e em quantidade adequada de probióticos restaura a flora intestinal e repovoa o organismo com bactérias boas, sublinharam ainda os cientistas, acrescentando que a tecnologia deverá agora ser fornecida a uma empresa interessada no fabrico do chocolate probiótico à escala industrial.