CARDIOVASCULAR

Consumo de sarcocórnia pode diminuir riscos cardiovasculares

As doenças cardiovasculares constituem uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo e a ingestão excessiva de sal está fortemente associada a níveis elevados de pressão arterial, a disfunção vascular e a um aumento substancial no risco de doenças cardiovasculares.

Consumo de sarcocórnia pode diminuir riscos cardiovasculares

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Um estudo realizado pelo Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) sugere que o consumo de sarcocórnia, uma planta halófita da costa portuguesa semelhante à salicórnia, pode diminuir o risco cardiovascular.

Também conhecida como feijão-verde-do-mar, a sarcocórnia apresenta elevado conteúdo em compostos bioactivos com poderosa atividade antioxidante, antimicrobiana, anti-inflamatória e antitumoral. É naturalmente rica em cálcio, potássio, magnésio, ferro e zinco. Fonte natural de fibra, vitaminas, proteínas, sais minerais e antioxidantes.

A utilização da planta como alternativa ao sal tradicional pode ter um impacto positivo na regulação do sistema cardiovascular, apurou uma investigação realizada em conjunto pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTeSC) e pela Escola Superior Agrária (ESAC).

Da investigação, publicada na revista Foods, fizeram parte 30 jovens saudáveis entre os 18 e os 26 anos de idade, que foram divididos em dois grupos. Um dos grupos recebeu 1.000 gramas de sal de sarcocórnia para utilizar na confeção das suas refeições, enquanto o outro grupo (de controlo) recebeu a mesma quantidade de sal comum.

Os dois grupos fizeram exames de diagnóstico (medição da pressão arterial, avaliação da velocidade da onda de pulso, análise da onda de pulso, ultrassonografia cardíaca e análises sanguíneas e de urina) antes do período de intervenção, não se registando diferenças significativas relativamente aos resultados obtidos por todos os participantes.

No entanto, após 30 dias a utilizar a sarcocórnia, o grupo de intervenção registou uma redução nos níveis de excreção de sódio através da urina, acompanhada de uma diminuição significativa da pressão sistólica e diastólica e da velocidade da onda de pulso arterial. Já no grupo de controlo, os resultados mantiveram-se inalterados face aos primeiros exames.

Segundo Telmo Pereira, investigador responsável pelo estudo, por ter um sabor salgado e ser rica em minerais como cálcio, ferro e também magnésio e potássio (que favorecem a excreção salina), a sarcocórnia pode ser uma excelente alternativa ao sal comum, sendo ideal para pessoas hipertensas.

Os resultados apurados resultam também de um ensaio piloto, sendo necessário estudar outros contextos clínicos, nomeadamente crianças e adultos com fatores de risco como diabetes ou colesterol, e populações mais alargadas e com tempos de seguimento mais longos.

Fonte: Tupam Editores

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