A equipa de investigadores da Bond University, em Queensland, Austrália, examinou os efeitos a longo prazo da substituição do sal nos resultados cardiovasculares numa revisão de 16 ensaios clínicos randomizados (ECRs), oito dos quais relataram resultados primários, incluindo mortalidade, eventos cardiovasculares maiores (MACE ) e eventos adversos em seis meses ou mais.

A maioria (n = 7 de 8) foi realizada na China ou Taiwan, 3 foram realizados em instalações residenciais e 7 incluíram populações de idade mais avançada (média de 62 anos) e/ou com risco cardiovascular acima da média.
Os especialistas descobriram que nesta população, o substituto do sal pode reduzir o risco de mortalidade por todas as causas e mortalidade cardiovascular. O substituto do sal pode resultar ainda numa ligeira redução de MACE, com evidência de qualidade muito baixa de eventos adversos graves.

Os investigadores apontam algumas limitações deste estudo, como o facto de a base de evidências ser dominada por um único e grande ECR. Além disso, a maioria dos ECRs eram da China ou de Taiwan e haviam envolvido participantes com risco cardiovascular acima da média, portanto, a generalização para outras populações é muito limitada.

A substituição do sal é uma intervenção não medicamentosa promissora e de baixo custo. De acordo com Hannah Greenwood, uma das investigadoras envolvidas, apesar de esta intervenção poder reduzir a mortalidade por todas as causas ou cardiovascular, a evidência de redução de eventos cardiovasculares e de não aumento de eventos adversos graves é incerta, particularmente para uma população ocidental.
A certeza da evidência é maior entre populações com maior risco cardiovascular e/ou que seguem uma dieta chinesa.