Os esteroides androgénicos anabolizantes, frequentemente referidos apenas como esteroides ou esteroides anabolizantes, são compostos sintéticos com uma estrutura química semelhante à testosterona, a hormona produzida pelos testículos, que proporcionam um aumento da massa muscular e redução da massa gorda do organismo, ao mesmo tempo que estimulam o desenvolvimento das caraterísticas sexuais masculinas como sejam a barba, músculos e voz grave.
A utilização de esteroides anabolizantes, hoje muito generalizada entre os meios profissionais e amadores de atletismo, fora de qualquer indicação médica, tem por objetivo tirar partido dos seus efeitos anabolizantes, ou seja, aumentar a massa muscular e diminuir a massa gorda. Porém, os efeitos biológicos destes compostos ficam a dever-se à sua ligação a um único tipo de receptor androgénico existente, sendo por isso impossível separar por completo os efeitos anabolizantes dos efeitos androgénicos, isto é dos efeitos estimuladores das caraterísticas sexuais masculinas.
Biologicamente, os esteroides anabolizantes fazem parte de um complexo grupo de hormonas e enzimas que interagem entre si para manutenção da vida, estando presentes em praticamente todas as formas de vida e sendo sintetizadas pelos próprios organismos. Do ponto de vista químico são um grande grupo de compostos solúveis em gordura, ou lipossolúveis, que atuam no desenvolvimento das glândulas genitais e nos componentes sexuais secundários, produzidos sinteticamente, com o objetivo de melhorar o desempenho físico.
Em ambiente natural, os esteroides são produzidos pelo córtex suprarrenal ou pelas gónadas, sendo responsáveis por diversas funções nos organismos, incluindo o controle metabólico, para além das já referidas caraterísticas sexuais. Porém, enquanto derivados sintéticos da testosterona, são muito utilizados na clínica médica e na medicina desportiva sendo, nesse caso, chamados de esteroides anabólicos androgénicos.
A utilização de esteroides anabolizantes em doses acima das fisiológicas, por atletas de várias áreas, com o objetivo de melhorar o seu desempenho, foi banida pelo Comité Olímpico Internacional (COI), em 1967. Atualmente, a utilização destes compostos químicos está difundida pela população em geral, apesar de ter consideráveis efeitos prejudiciais e constituem um problema de saúde preocupante.
Cerca de 80% dos utilizadores de esteroides androgénicos são homens, seja em contexto desportivo não competitivo, por motivações estéticas, desejo de aumentar a performance física ou na tentativa de contrariar os efeitos do envelhecimento natural, estimando-se que a prevalência de consumo no sexo masculino se situe entre 1% a 5%, sendo, no entanto, bastante inferior no sexo feminino.
Apesar da escassez de dados disponíveis em Portugal, um estudo realizado em ginásios do grande Porto, revelou que mais de 60% dos inquiridos já tinham usado substâncias com o objetivo de aumentar a performance física, sendo os esteroides androgénicos anabolizantes os mais frequentemente utilizados.
Clinicamente, os esteroides anabólicos androgénicos são utilizados para tratar as mais diversas doenças, muito embora o seu uso esteja associado a diversos efeitos adversos, principalmente cardiovasculares, neuroendócrinos e distúrbios psiquiátricos, além de dislipidemia, elevação dos marcadores inflamatórios e disfunção endotelial.
Os medicamentos contendo esteroides androgénicos e cuja comercialização esteja autorizada pelo Regulador da Saúde, são sujeitos a Prescrição Médica Obrigatória e têm condicionamentos e indicações muito precisas. Estes fármacos não se destinam a pessoas com os níveis hormonais normais, nem àquelas que contemplem objetivos estéticos, desempenho físico ou outros similares.
Por esse motivo, quem procura obter esteroides anabolizantes nestas circunstâncias é habitualmente muito reticente em abordar a questão junto de médicos, procurando informação alternativa online ou junto de outros utilizadores, e desenvolvendo fortes opiniões sobre o tema, muito embora sem qualquer base científica e com frequência apenas derivadas de relatos de experiências pessoais.
A generalidade das pessoas que usam esteroides anabolizantes, ou interrompem a sua toma bruscamente, acabam por desenvolver sintomas mais ou menos marcantes, dependendo das doses e do tempo de utilização, que podem levá-las a necessitar do recurso a uma consulta médica, sendo exemplo dessa situação, sintomas músculo-esqueléticos como desproporção muscular corporal e tendinopatias; sintomas endocrinológicos, incluindo sinais de hipogonadismo em homens, com ginecomastia, alteração da líbido, disfunção eréctil, infertilidade ou atrofia testicular; sintomas dermatológicos, como acne grave, estrias, alopecia androgénica e reações no local de injeção quando é usada essa via; sintomas cardiovasculares, como hipertensão arterial, disfunção diastólica, miocardiopatia, enfarte do miocárdio ou arritmia; sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade, aumento de agressividade, comportamento violento ou insónias.
Os esteroides androgénicos anabolizantes, são utilizados clinicamente para tratar diferentes doenças como terapia de reposição hormonal, para estimular o desenvolvimento sexual na puberdade tardia em rapazes e aumentar a libido em mulheres, anemia, prevenção de cancro da mama em mulheres na pré-menopausa, osteoporose e estimulação do crescimento em homens.
A coenzima Q10 é uma benzoquinona presente em praticamente todas as células do organismo humano, que participa nos processos de produção de ATP (trifosfato de adenosina).
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