PROTEÍNA

Proteínas: tenha cuidado com o excesso

A proteína é essencial para o bom funcionamento do organismo. Ela está envolvida no fornecimento de energia e no processo de formação da massa muscular, sendo um nutriente que não pode faltar na alimentação, no entanto, um consumo excessivo pode dar origem a problemas.

Proteínas: tenha cuidado com o excesso

SOCIEDADE E SAÚDE

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É composta de aminoácidos que são os blocos de construção dos tecidos do corpo, incluindo músculos, vasos sanguíneos, cabelos, pele e unhas. Também está envolvida na produção de enzimas e hormonas que ajudam o corpo a funcionar normalmente. Nos homens a ingestão diária deve rondar os 140 gramas, já as mulheres não devem passar dos 110 gramas.

Segundo o nutricionista Kaleigh McMordie, para quem pratica exercício físico com regularidade, a proteína é uma das principais aliadas da alimentação pois, não apenas constrói os músculos, como os repara.

A vontade de ingerir este nutriente e de evitar o consumo de hidratos de carbono leva a que se consuma proteína em excesso, o que pode ser altamente prejudicial à saúde e dar origem a problemas como, por exemplo, um aumento da gordura corporal.
O excesso de proteínas não consegue ser devidamente utilizado para desempenhar as suas funções no corpo, incluindo a formação de massa muscular, sendo armazenado no tecido adiposo, aumentando a quantidade de gordura acumulada, o que pode atrapalhar o processo de emagrecimento e hipertrofia.

O mau hálito é outro dos efeitos negativos do consumo exagerado de proteína. Quando se corta drasticamente no consumo de hidratos de carbono, apostando na proteína, o corpo entra no estado de cetose, em que a gordura é gasta para dar energia ao corpo, contudo, tal provoca a perda de peso, a fraqueza de determinadas propriedades do corpo e a produção de alguns químicos responsáveis pelo mau hálito.

Ficar de mau humor é outra das consequências do excesso de proteína – e mais uma vez do corte nos hidratos de carbono. Embora a proteína dê força aos músculos, a falta de hidratos de carbono afeta o cérebro e a energia que o corpo tem, deixando a pessoa cansada e irritada.

Há também um risco maior de sofrer alterações a nível gastrointestinal. O consumo excessivo de proteínas pode ser mais difícil de digerir, podendo resultar em prisão de ventre, mal-estar geral, inchaço e distensão abdominal, aumento da produção de gases e inflamação do intestino.

As alterações renais também estão entre os problemas que podem advir de um consumo excessivo de proteína. Os rins são importantes para regular a quantidade de proteína circulante no sangue e promover a sua eliminação na urina.
No entanto, quando existe grande quantidade de proteína no organismo, acontece uma sobrecarga nos rins, passando os órgãos a trabalhar mais do que o normal para eliminar o excesso. Isto pode levar a um desgaste progressivo nos rins, o que aumenta o risco de desenvolvimento de pedra nos rins e, a longo prazo, de insuficiência renal.

Já o fígado atua promovendo o armazenamento da proteína em gordura. Assim, devido ao consumo de grandes quantidades de proteína, este trabalha mais para promover o armazenamento da proteína em forma de gordura, o que pode causar lesões no órgão e interferir no seu funcionamento.

Além de poder causar alterações no funcionamento dos rins e do fígado, é possível que interfira ainda na absorção de minerais no organismo, podendo favorecer o aumento da excreção de cálcio na urina, diminuindo a densidade dos ossos e aumentando o risco de osteoporose.

Fonte: Tupam Editores

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