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Dia Mundial da Menopausa: desmontar mitos, fixar realidades

Ondas de calor, rubor facial, suores, palpitações e vertigens são alguns dos sintomas vivenciados por mulheres no período da menopausa – um processo natural que ocorre na vida de todas, que marca o fim da fase reprodutiva e o início de uma nova fase. Apesar de normal, ainda existem alguns mitos e verdades sobre a menopausa que podem gerar confusão e preocupações desnecessárias, que convém esclarecer.

Dia Mundial da Menopausa: desmontar mitos, fixar realidades

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O Dia Mundial da Menopausa, celebrado a 18 de outubro, promove a conscientização sobre a saúde feminina, e incentiva o acompanhamento médico e a busca por qualidade de vida.

Na mulher as alterações do ciclo menstrual podem iniciar-se 4 a 8 anos antes da menopausa, existindo inicialmente encurtamento da periodicidade. E a menstruação difere do padrão habitual no que respeita à duração e quantidade de fluxo. Mais tardiamente, a maior frequência de ciclos anovulatórios (ciclos em que não ocorre ovulação) é responsável pelo aumento da duração dos ciclos, ausência de menstruação e frequentemente um padrão de hemorragias excessivas.

Erradamente muitas mulheres pensam que já não há risco de engravidar, no entanto, durante esta fase, apesar de diminuída, a sua fertilidade mantém-se porque até 25% dos ciclos podem ser ovulatórios (em que ocorre ovulação), pelo que é fundamental a manutenção de uma contraceção adequada e adaptada a cada mulher.

Outro dos mitos que convém esclarecer é que a menopausa não pode ser tratada. Antes de mais, a menopausa é um processo natural e não uma doença, mas existem medidas que as mulheres podem tomar para aliviar alguma da sintomatologia, como a manutenção de práticas saudáveis de sono, ajuste das roupas e da temperatura ambiente para ficarem mais frescas, e o controle do stress. Além das mudanças no estilo de vida, existem terapias não hormonais que também ajudam.

E a terapêutica hormonal é mesmo prejudicial? Atualmente, sabe-se que os benefícios do tratamento de reposição hormonal são tão importantes que todas as mulheres têm indicação para o fazer, havendo muito poucas contraindicações. Os resultados obtidos com este tratamento passam por interromper as alterações decorrentes da diminuição progressiva de estrogénios, tanto a nível ginecológico, como a nível extra-ginecológico.
A escolha da ou das hormonas, a forma de administração e o tempo do tratamento, devem ser determinados pelo médico, de forma individualizada e de acordo com o perfil de cada mulher.

Mitos esclarecidos, importa chamar a atenção para outras mudanças a que as mulheres dão muita importância e com as quais têm de lidar. Uma delas é o facto de a menopausa poder afetar a libido. As mudanças hormonais, principalmente a diminuição dos níveis de estrogénio, podem causar ressecamento vaginal e diminuição do desejo sexual no período da menopausa, podendo ainda provocar dor ao urinar e na relação sexual.

A boa notícia é que existem muitos tratamentos naturais que podem ajudar a aumentar a libido nesse período. Além de uma alimentação saudável, com alimentos ricos em zinco e vitamina B, alguns suplementos naturais também podem causar efeitos positivos.

Outro aspeto que muito preocupa as mulheres é o facto de a menopausa tornar mais difícil manter o peso. Durante esta fase muitas mulheres notam que ganham peso, especialmente na região abdominal, que pode ser atribuído a uma série de fatores, que incluem as mudanças hormonais e alterações no metabolismo. Para manter um peso saudável durante a menopausa, a mulher deve adotar uma dieta equilibrada e a prática de atividade física regular.

Menopausa não é coisa de mulheres, é de vida. Assumir a menopausa faz bem às mulheres mas também a toda a gente que com ela convive. E não é o fim… é apenas uma mudança.

Fonte: Tupam Editores

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