ALIMENTAÇÃO

Caracóis, um petisco de verão benéfico para a saúde

No verão, as esplanadas portuguesas enchem-se de grupos de amigos para apreciarem um petisco muito popular: os caracóis. À venda sobretudo entre maio e agosto/setembro este petisco tão apreciado faz parte dos recursos naturais do mundo mediterrânico e da tradição gastronómica de Portugal.

Caracóis, um petisco de verão benéfico para a saúde

DIETA E NUTRIÇÃO

DIETA MEDITERRÂNICA


Em alturas de maior escassez e seca, quando a produção agrícola não dava vazão às necessidades da população, a apanha do caracol era a recolha direta daquilo que a natureza dava como forma de sobrevivência. Caracóis, conquilhas, ervas, cogumelos, caça… tudo servia quando as colheitas escasseavam.

É com a chegada de maio que se inicia a época deste molusco terrestre, no entanto, entre nós a produção de caracol é muito escassa. A maioria dos caracóis consumidos no país é importada de Marrocos, sendo a espécie Theba Pisana, nativa do Mediterrâneo, a mais consumida em Portugal e Espanha.

Se a sua preocupação é manter a linha, saiba que os caracóis não representam uma ameaça calórica, isto porque o seu valor calórico ronda as 60 a 80 kcal/100 g. Trata-se de um alimento composto maioritariamente por água (70-85%), sendo pobre em gordura (0,3-0,8%) e com um teor proteico entre 13 e 15%. São relativamente ricos em minerais, sobretudo em cálcio, contendo também ferro, magnésio, cobre e zinco, que garantem a saúde do organismo.

O seu consumo é, aliás, recomendado para vários tipos de doenças. Os aminoácidos contidos nas proteínas da carne do caracol, contribuem para a reconstituição da integridade dos tecidos gástricos e, portanto, para a cura da úlcera. Por ser um alimento rico em cálcio e ácidos gordos, polinsaturados, é também recomendado nos casos de raquitismo e para controlar o colesterol. O alto teor de sais minerais e ferro, revelam-se úteis durante a gravidez e amamentação. Pobres em lipídos, são indicados para aqueles que sofrem do fígado e de obesidade.

Tenha em mente, contudo, que a forma de confeção destes moluscos tem influência no seu valor calórico. Isto porque, para a sua confeção há quem utilize fontes de gordura animal, como por exemplo, o bacon, o presunto, caldos industrializados e/ou o toucinho, o que representa mais gordura. Além disso, o “ritual” que envolve a degustação do petisco, nomeadamente o pão torrado com manteiga e a cerveja, acabam por diminuir o valor nutricional da refeição.

Assim, este verão, quando se dirigir a uma esplanada para comer os tão esperados caracóis, opte por reduzir os acompanhamentos, para que se possa deliciar com este famoso petisco sem sentimentos de culpa.

Fonte: Tupam Editores

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