CÉREBRO

Nutriente pode ajudar a reverter envelhecimento cerebral

É sabido que um cérebro envelhecido desenvolve menos neurónios do que um cérebro jovem. Com menos neurónios para lidar com a troca rápida de impulsos, o cérebro começa a desacelerar. Mas, e se fosse possível reverter este processo?
Estudos preliminares realizados por cientistas da Universidade de Queensland, na Austrália, sugerem que concentrar um nutriente específico na forma de comprimido pode ajudar a reverter o envelhecimento do cérebro.

Nutriente pode ajudar a reverter envelhecimento cerebral

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Os cientistas alteraram com sucesso o processo e conseguiram estimular o crescimento dos neurónios, revertendo assim a deficiência cognitiva. Isto foi possível através da administração de suplementos de selénio, um micronutriente essencial presente na nossa alimentação, por exemplo, em cereais integrais, marisco, miudezas e nozes.

O organismo necessita deste micronutriente para produzir entre 25-30 proteínas diferentes dependentes de selénio – ou selenoproteínas – que são necessárias para apoiar diferentes funções biológicas como o sistema imunitário, o crescimento de unhas e cabelo, a fertilidade, o metabolismo e a produção celular. Contudo, a ingestão média de selénio na Europa é substancialmente baixa devido à pobreza dos solos agrícolas em nutrientes.

Estudos realizados anteriormente sobre o impacto do exercício em cérebros envelhecidos permitiram descobrir que os níveis de selenoproteína P, uma proteína chave para transportar selénio no sangue, foram elevados pela atividade física. Sabe-se há cerca de 20 anos que o exercício físico estimula o crescimento dos neurónios no cérebro, embora o mecanismo não seja totalmente compreendido.

Assim, a equipa de investigação australiana queria perceber se o selénio poderia replicar o efeito rejuvenescedor do exercício sobre o cérebro, e descobriram que sim. Quando deram suplementos de selénio a ratos, a produção de neurónios nos seus cérebros aumentou, revertendo o processo de envelhecimento.

Os investigadores testaram ainda se o selénio poderia de alguma forma influenciar o retrocesso cognitivo dos cérebros em ratos que tinham sofrido um AVC, tendo constatado que também neste caso o selénio revelou potencial para restaurar a capacidade cognitiva normal e a função de memória dos animais.

Apesar de a investigação ter sido realizada em ratinhos de laboratório, os cientistas acreditam que os resultados do estudo abrem uma nova oportunidade terapêutica para impulsionar a função cognitiva em indivíduos que estão impedidos de se exercitarem, seja devido a uma saúde precária ou à velhice.

O selénio não é apenas importante para a função cerebral mas também para a saúde cardiovascular e o bem-estar geral.
É um micronutriente essencial para o organismo humano onde desempenha várias funções importantes: na reprodução; no normal metabolismo da hormona tiroideia; na síntese de ADN; no sistema imunitário, protegendo contra danos e infeções oxidativas.

Fonte: Tupam Editores

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