Após os 30 anos de idade, os homens começam a sofrer uma diminuição gradual na testosterona, podendo, consequentemente, sofrer uma redução nas características consideradas como mais “masculinas”. Muitos homens recorrem a suplementos para aumentar a testosterona para tentarem reverter esse efeito.

O estudo, liderado por Mary Samplaski, da Universidade da Califórnia do Sul, nos Estados Unidos, explorou os ingredientes ativos e efeitos anunciados de 50 suplementos de aumento de testosterona.

A equipa pesquisou “aumento de testosterona” na internet, através do Google, e analisou os 50 primeiros suplementos obtidos pelo motor de pesquisa.

Seguidamente, a equipa fez uma revisão a estudos científicos publicados sobre a testosterona e aos 109 componentes identificados nos suplementos. Os três mais comuns eram o zinco, o feno-grego e a vitamina B6.

A equipa comparou ainda os conteúdos de cada suplemento com o indicado pela Dose Diária Recomendada da agência que regula os medicamentos e produtos de saúde nos Estados Unidos, a FDA, e o nível de consumo tolerável pelo Instituto de Medicina da Academia Nacional de Ciências norte-americano.

Os suplementos anunciavam um total de 16 benefícios para os pacientes, incluindo o aumento da testosterona, da líbido sexual e produção de massa muscular.

Embora 90 por cento dos suplementos anunciassem aumentar a testosterona, apenas 25 por cento tinham dados para apoiar essa declaração. Outros ultrapassavam as doses toleráveis de vitaminas e minerais.

“Muitos suplementos no mercado contêm meramente vitaminas e minerais, mas não fazem nada para aumentar a testosterona”, concluiu Mary Samplaski. A autora recomenda que os homens com níveis baixos de testosterona consultem um médico ou nutricionista antes de tomar qualquer suplemento.