De um modo geral, a enurese, por vezes confundida com incontinência urinária, é definida como a perda involuntária de urina, um problema frequente e incomodativo com grande impacto na qualidade de vida dos pacientes.
É duas vezes mais frequente no sexo feminino que no masculino, devido principalmente a fatores de risco como os partos e a menopausa. Porém, a enurese noturna atinge sobretudo os idosos e as crianças, sendo mais frequentes as queixas em medicina geriátrica.
Na idade adulta, a prevalência de enurese noturna é relativamente reduzida, estimando-se que atinja uma prevalência de 0,5 a 2% da população e normalmente está associada a outros transtornos fisiológicos ou do foro biopsicológico. Todavia, com o avançar da idade, a incapacidade para armazenar e controlar a saída da urina, começa a aumentar, estimando-se que 1 em cada 5 pessoas com mais de 40 anos no nosso país seja afetada pela patologia e sabendo-se que somente 10% recorre ao médico.
Apesar da enurese noturna ser considerada uma espécie de incontinência urinária, é importante diferenciar as duas coisas. Diversas situações podem causar incontinência urinária e esta pode variar de acordo com o sexo e outros fatores.
Entre a população feminina adulta, as probabilidades de aumento dos principais fatores de risco são mais elevadas, quer devido a sequelas de partos ou alterações hormonais pós-menopausa, enquanto entre os homens problemas ligados à próstata podem pressionar a bexiga originando transtornos de micção e originar incontinência.
Porém, a perda involuntária de urina também pode ter origem em problemas de natureza neurológica, como derrames, doença de Alzheimer ou lesões musculares, que provoquem a perda de força no esfíncter, pequeno músculo que controla a abertura e fecho do ânus e da uretra.
Já no caso da enurese em adultos, há situações mais específicas como o ressonar ou a apneia do sono, que podem provocar a perda involuntária de urina, isso porque em situações de hipoxia, o corpo perde o controle das funções fisiológicas, por deficiência de oxigénio no cérebro.
O mesmo se pode passar quando a pessoa sofre contrações musculares involuntárias durante o sono, podendo fazer com que a bexiga se contraia e elimine parte do seu conteúdo, ou ainda em resultado de um sonho, o que bem demonstra como a enurese noturna pode ser caraterizada por um problema de causas individuais, necessitando por isso de investigação clínica individualizada para determinar o tratamento mais adequado.
É uma condição ainda hoje pouco relatada e subdiagnosticada, levando a que a maior parte dos pacientes, não beneficie de cuidados médicos adequados, não obstante ser uma importante e frequente queixa em medicina geriátrica, a par da diurese, ou excreção involuntária e abundante de urina.
Apesar das alterações do trato urinário inferior relacionadas com a idade não causarem incontinência urinária no idoso, elas levam a que ocorra com mais facilidade, mas não devem ser consideradas como parte do processo normal de envelhecimento.
Como já vimos, sendo normal entre os recém-nascidos, a diurese noturna pode também ocorrer temporariamente em outras idades, quando haja um grau elevado de stresse ou trauma, mas é sobretudo nas pessoas a partir dos 50 anos de idade que os sintomas mais se manifestam, ainda no período do sono, impedindo-os muitas vezes de se levantarem.
As famílias não precisam hoje de se preocupar excessivamente com os seus “mais velhos” pois há tratamentos e soluções bem eficazes para a diurese noturna, também é referida como micção noturna ou noctúria e que nos homens está relacionada com o aumento do volume da próstata em cerca de 20% dos casos.
A família do idoso portador de diurese noturna ou que mostre sintomas, deve cumprir e fazer cumprir as recomendações médicas, pois o tratamento pode ser tanto mais eficaz quanto as suas causas, as comorbilidades existentes e a forma como for cuidado.
A diurese noturna provoca um impacto emocional e na qualidade de vida de qualquer pessoa muito grande, particularmente nos idosos que já se sentem fragilizados nesta etapa da vida, podendo apresentar ainda outros sintomas e patologias como dificuldades de concentração e memorização, sonolência, irritabilidade, cansaço, intertrigem nas regiões íntimas, mudança de humor e até depressão.
Dependendo do seu estado geral de saúde, assim as famílias deverão dialogar com o paciente a fim de avaliar se será chegada a hora de introduzir as fraldas geriátricas nas suas rotinas, processo que nem sempre é fácil, mas que são uma solução interessante durante o período de tratamento ou quando a enurese se torna contínua.
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