O QUE É A DOENÇA X?

O QUE É A DOENÇA X?

DOENÇAS E TRATAMENTOS

  Tupam Editores

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A expressão “doença X” é usada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), desde 1918 para se referir a uma condição de saúde específica desconhecida, que poderá surgir no futuro e representar uma ameaça global, tendo-a incorporado na sua lista de Doenças Prioritárias para Pesquisa e Desenvolvimento em Emergências de Saúde, reconhecendo assim a necessidade de se preparar para ameaças desconhecidas e emergentes.

Essencialmente, a expressão “doença X” é um espaço reservado para uma possível doença infeciosa que poderia surgir e apresentar riscos significativos para a saúde pública global, podendo ser usada como uma categoria genérica para destacar a importância de estar preparado para potenciais ameaças que ainda não foram identificadas.

No decurso do Fórum Económico Mundial que decorreu em Davos, Suiça, sob o lema “Reconstruindo a confiança” e que conta com a presença de 52 chefes de estado e governo, foi apresentado um painel de debate da OMS, onde foi discutida a temida doença, que segundo os cientistas se estima possa vir a provocar 20 vezes mais mortes do que a pandemia de coronavírus, e na qual foi sublinhado pelos cientistas presentes que a preparação para a Doença X poderia ajudar a salvar vidas e reduzir custos se os países iniciassem investigação e medidas preventivas antes de um surto ser conhecido.

Trata-se de uma antecipação do que poderá vir a surgir no futuro, com vista a iniciar os preparativos para enfrentar uma futura pandemia que os cientistas preveem venha a ser devastadora, tendo em consideração o estado de multirresistência microbiana atualmente instalada entre a população em todo o mundo. Para discutir e definir estratégias para combate à próxima potencial pandemia, Tedros Ghebreyesus, Diretor-Geral da OMS, juntou-se aos líderes mundiais nesta Cimeira.

À medida que o inverno traz de volta um aumento significativo de doenças respiratórias e regressam as práticas da era pandémica, como a obrigatoriedade do uso de máscaras, os especialistas globais em saúde estão a pensar na melhor forma de se prepararem para se enfrentar o próximo grande surto.

Na realidade o que sabemos sobre a “preparação para a próxima pandemia”, é que não é senão um rótulo adicionado pela OMS à lista de agentes patogénicos que são considerados uma prioridade máxima para a investigação, juntamente com os assassinos conhecidos como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), e o Ébola. Rotular esta ameaça potencial como “Doença X”, tem por objetivo dar prioridade aos preparativos para lidar com uma doença para a qual ainda não se dispõe de vacinas ou tratamentos medicamentosos e que pode dar origem a uma epidemia grave.

O facto da pandemia por covid-19 ter morto cerca de sete milhões de pessoas em todo o mundo fez com que os profissionais de saúde viessem alertar, em 2023, para que qualquer nova pandemia poderia ser ainda mais mortal, matando cerca de 50 milhões de pessoas. É um tipo de alerta que pode levar as pessoas a entrar em pânico. No entanto, é sempre melhor antecipar algo que pode vir a acontecer, uma vez que já aconteceu anteriormente, e preparar-nos para isso.

A preparação para a eventualidade de uma nova pandemia, envolve necessariamente cooperação internacional, inclusive em investigação e desenvolvimento, bem como o incremento de iniciativas a nível nacional, tais como planos de resposta provisória no caso de surto de uma nova doença, planos esses que poderiam incluir o mapeamento de como aumentar a capacidade hospitalar, a oferta de tratamento e adoção de novas tecnologias para apoiar os profissionais médicos.

O Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC), recomenda o reforço dos sistemas existentes, em vez de desenvolver novos para uma potencial pandemia, ao mesmo tempo que incentiva o teste de quaisquer novos sistemas antes de eclodir uma nova pandemia. Estudos mostram que, em média, pelo menos dois novos vírus são descobertos por ano, sendo por isso necessário que a fase de preparação também envolva uma maior vigilância das doenças a fim de detetar rapidamente quaisquer novos agentes patogénicos que possam transformar-se em ameaça grave.

Espera-se igualmente que tais medidas reduzam drasticamente os custos associados a uma pandemia, caso esta venha a ocorrer. Embora se estime que a covid-19 a nível global tenha custado cerca de 15 triliões de euros, investimentos globais de apenas 114 mil milhões ao longo de 5 anos poderiam tornar o mundo significativamente melhor preparado para grandes epidemias no futuro, de acordo com um estudo realizado pela organização Resolve to Save Lives apoiada pela Fundação Gates.

A OMS já começou a implementar medidas no sentido de se preparar para um novo surto, o que inclui um fundo pandémico e um centro de transferência de tecnologia na África do Sul, o que vai permitir a produção local de vacinas, por forma a ajudar a superar problemas de desigualdade vacinal entre países com diferentes níveis de desenvolvimento.

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