Pessoas com pré-diabetes têm níveis de açúcar no sangue mais elevados do que o normal, mas abaixo dos níveis de diabetes tipo 2. Pessoas com síndrome de apneia obstrutiva do sono experimentam momentos durante o sono quando o ar é obstruído de fluir normalmente para os pulmões.

O equipamento médico de pressão positiva contínua (CPAP) é considerado o tratamento padrão para a síndrome de apneia obstrutiva do sono.

De acordo com investigadores da Universidade McGill, no Canadá, estudos anteriores descobriram que a síndrome de apneia obstrutiva do sono está associada ao aumento da atividade simpática, o que ativa a reação humana de "lutar ou fugir". Essa resposta, por sua vez, aumenta a frequência cardíaca.

"Tanto os pré-diabéticos quanto pessoas com os batimentos cardíacos mais altos em repouso estão associados à doença cardiovascular. Queríamos ver se o CPAP reduziria as taxas de coração durante o dia e à noite neste grupo de pacientes com metabolismo anormal da glicose”, confirmaram os cientistas.

O estudo constatou que aqueles que utilizavam CPAP apresentaram taxas de coração em repouso significativamente menores ao longo do dia e da noite do que aqueles que, durante o estudo, foram tratados com placebo. As diferenças entre os dois grupos foram mais pronunciadas durante a segunda semana do estudo.

Para os investigadores, o efeito do CPAP na frequência cardíaca em repouso é comparável ao uso de betabloqueadores. Comummente prescritos para problemas cardíacos, os betabloqueadores bloqueiam as hormonas do stress, como a adrenalina, que aumentam a frequência cardíaca.

“A síndrome de apneia obstrutiva do sono é extremamente comum entre os indivíduos com tolerância à glicose anormal", acrescentaram os investigadores, que acreditam que o seu estudo “é um primeiro passo para demonstrar que o tratamento ideal da apneia do sono reduz o risco cardiovascular em pessoas com pré-diabetes".