A falta de vitamina E pode ocorrer por diversas razões, mas a causa mais comum é a má alimentação, ou seja, não consumir alimentos ricos na vitamina em quantidades adequadas. Mas além da alimentação, algumas condições de saúde também podem levar à sua deficiência.
Pessoas com doenças gastrointestinais, como a doença celíaca, podem ter dificuldade em absorver a vitamina E dos alimentos, e indivíduos que tenham sido submetidos a cirurgias bariátricas também podem apresentar carência desta vitamina no organismo.

Outras causas menos comuns de deficiência de vitamina E incluem o uso prolongado de medicamentos que interferem na absorção de gorduras e, consequentemente, na absorção da vitamina E. A sua falta pode causar uma série de sintomas, que variam de leves a graves, dependendo do grau de deficiência.

Entre os mais habituais destaca-se a fraqueza muscular. Estudos indicam que a vitamina E é muito importante para a saúde muscular. Sem receber a quantidade de vitamina E adequada, os músculos podem passar por um stress oxidativo. A sua deficiência pode levar à fraqueza muscular e até mesmo à dificuldade de locomoção.

A saúde ocular também se ressente com a falta de vitamina E, podendo dar origem a problemas como dificuldade em ver em ambientes com pouca luz, visão dupla ou perda de visão. E até a pele e os cabelos são influenciados pelos níveis de vitamina E do organismo. Um estudo que envolveu a suplementação de vitamina E revelou um aumento significativo no número de fios de cabelos em comparação com um grupo placebo.

A deficiência de vitamina E também pode afetar a saúde do sistema nervoso, levando a sintomas como dormência, formigamento, dificuldade de equilíbrio, problemas de memória e confusão mental. Vários estudos mostram que a deficiência grave da vitamina pode ter um efeito profundo no sistema nervoso central.

A vitamina E ajuda a impulsionar o sistema imunológico. Em caso de deficiência torna-se mais difícil combater infeções e doenças. O estado nutricional tem sido indicado como um fator que contribui para a desregulação da resposta imune e a vitamina E é essencial para o funcionamento normal das células imunes.

Segundo estudos, a vitamina E pode ter um papel na redução da aterosclerose e na redução das taxas de doença cardíaca isquémica. Além disso, pode prevenir alterações oxidativas no LDL (mau colesterol), o que reduz as probabilidades de doenças cardíacas.
É importante que a falta de vitamina E seja identificada e tratada o mais cedo possível para evitar complicações.