OBESIDADE

Estudo associa obesidade e má qualidade do sono

A obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade James Cook, em Queensland, permitiu concluir que as pessoas que dormem mal têm maior probabilidade de serem obesas.

Estudo associa obesidade e má qualidade do sono

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A prevalência da obesidade triplicou nas últimas quatro décadas, estando 13% da população mundial classificada como obesa. Na Austrália, a investigação nacional de saúde de 2014/15 revelou que quase 28% da população adulta australiana era obesa.

O objetivo do novo estudo era avaliar se a má duração e má qualidade do sono são fatores de risco significativos para a obesidade em adultos australianos maiores de 15 anos.
Para a investigação foi utilizada a pesquisa Household, Income and Labor Dynamics in Australia, que recolheu dados longitudinais de mais de 13.000 indivíduos em mais de 7.000 domicílios.

Os especialistas constataram que a proporção de pobre duração do sono – definida como menos de 7 horas ou mais de 9 horas – entre adultos obesos é de 43%, em comparação com 32% entre aqueles com um peso saudável. A má qualidade do sono entre adultos obesos foi medida em 36%.

Segundo Abdul-Aziz Seidu, coautor do estudo, a má duração e qualidade do sono aumenta a secreção de hormonas e agrava o risco de obesidade, ao mesmo tempo que reduz os níveis de leptina no sangue, que suprime o apetite, e aumenta os níveis de grelina, que promove o apetite.
Assim, do ponto de vista comportamental, a probabilidade de hábitos alimentares pouco saudáveis é elevada entre indivíduos que têm uma pobre duração e qualidade do sono.

A obesidade está fortemente associada ao desenvolvimento de uma série de problemas de saúde crónicos e agrava o risco de mortalidade entre pessoas com problemas de saúde existentes.
Em 2021, mais de 36% dos participantes da investigação relataram má duração do sono e mais de 28% má qualidade do sono. Importa referir que dormir pouco ou demais está associado a um risco elevado de diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares, já a má qualidade do sono está significativamente associada a um risco alto de depressão.

O desenvolvimento de políticas que aumentem a consciência pública sobre a importância de uma boa higiene do sono e incentivem hábitos de sono saudáveis devem ser consideradas para abordar o aumento alarmante da taxa de obesidade e outros efeitos diretos de um sono deficiente.
O sono é um fenótipo multidimensional complexo pelo que são necessários outros estudos para gerar mais evidências.

Fonte: Tupam Editores

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