ALOPECIA

Medicamento mostra-se eficaz contra queda de cabelo repentina

Um novo tipo de medicamento, os inibidores das JAK, foi testado num estudo realizado na Universidade de Yale tendo-se revelado promissor para tratar casos moderados e graves de alopecia areata que levam à queda repentina de cabelo.

Medicamento mostra-se eficaz contra queda de cabelo repentina

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O desenvolvimento de inibidores das JAK deu origem a um novo tratamento para melhorar a vida dos pacientes com a doença. A alopecia areata é uma condição inflamatória, logo, um inibidor das JAK reduzirá essencialmente a inflamação que está a alimentar a doença e dará de novo equilíbrio ao sistema imunitário dos afetados.

O problema é mais comum em crianças, mas pode acontecer em qualquer idade. Envolve perda repentina de cabelo com manchas afetadas que crescem, espalhando-se, em alguns casos, a toda a cabeça ou corpo. Também é mais comum naqueles que têm familiares próximos com a doença e em pessoas que receberam tratamento para o cancro com um medicamento denominado nivolumab. Condições médicas como asma, febre do feno, eczema, doenças da tiroide, vitiligo e síndrome de Down também aumentam o risco de alopecia areata.

Os resultados do novo estudo, publicado no Journal of the American Academy of Dermatology, sugerem que os inibidores das JAK são o início de uma nova era, pois tornam possível o tratamento da alopecia areata moderada a grave.

Segundo os investigadores, dois medicamentos, o baricitinib e o ritlecitinib, já foram aprovados e um terceiro, o deuruxolitinib, está em processo de aprovação. Os ensaios clínicos também estão em curso.

O diagnóstico de alopecia areata envolve um exame da área de perda de cabelo, assim como das unhas da pessoa. Podem ser ainda necessários exames sanguíneos para descartar outras doenças causadas pelo sistema imunológico.

Quanto ao tratamento, para além dos inibidores das JAK, pode ser usada a imunoterapia de contacto para alterar o sistema imunológico de uma pessoa para que deixe de atacar os seus folículos pilosos. Outras opções de tratamento incluem um medicamento antirreumático modificador da doença denominado metotrexato e corticosteroides anti-inflamatórios.

Segundo a dermatologista Sandra Johnson, atualmente existem mais opções de tratamento do que nunca para pacientes com a doença, e estes tratamentos têm resultado em pessoas para as quais as terapias anteriores não eram eficazes. Nenhum tratamento funciona para todos os doentes, pelo que o especialista recomendará o mais adequado para cada caso.

Fonte: Tupam Editores

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