DIABETES

Diabetes: os sinais também surgem na boca

Com uma elevada taxa de prevalência em todo o mundo, a diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento da glicose (níveis de açúcar) no sangue, dando origem à hiperglicemia. Os níveis aumentados de açúcar no sangue devem-se à produção insuficiente de insulina, por atuação ineficaz da insulina e, em alguns casos, à combinação dos dois fatores. Por se tratar de uma patologia sistémica, afeta várias partes do corpo e – talvez o surpreenda –, até a boca.

Diabetes: os sinais também surgem na boca

DOENÇAS E TRATAMENTOS

A DIABETES, FANTASMA DA SOCIEDADE OCIDENTAL


O desenvolvimento da doença costuma ser súbito e pode incluir sintomas como cansaço, perda de peso e vontade de urinar com muita frequência mas, segundo a médica dentista Hannah Kinsella, os diabéticos também têm três vezes mais hipóteses de desenvolverem complicações a nível oral. Os doentes com diabetes têm um risco superior de doenças periodontais como a gengivite ou a periodontite, por exemplo.

Assim, há que estar atento aos sinais de alerta que surgem na boca e que podem ser sintomas de diabetes. O sangramento das gengivas enquanto escova os dentes é um deles. Contudo, este sangramento também pode ocorrer de forma espontânea, do nada, ou verificar-se ao mais leve contacto, significando que algo não está bem.
Para os diabéticos, o sangramento da gengiva é comum, mas não deve ser negligenciado, especialmente se perdurar durante muito tempo. Este pode ocorrer também pela dificuldade de coagulação do sangue.

A vermelhidão ou a inflamação das gengivas (gengivite) também são sinais que devem alertar para a possibilidade de diabetes. A gengivite constitui o primeiro estadio da doença periodontal.
Os pacientes diabéticos necessitam de reduzir a presença de bactérias e eliminar a placa bacteriana que possa estar em contacto com a gengiva, o que pode ser realizado com tratamentos dentários simples como profilaxias profissionais e as raspagens tradicionais e os procedimentos que visam a facilitar a remoção dessa placa, complementares aos cuidados que o paciente deve ter em sua casa.

Se a gengivite evoluir para periodontite, ocorre uma diminuição na estabilidade dos dentes devido à perda de tecido de suporte dos mesmos, sendo o recuo da gengiva (retração gengival), uma das consequências associadas, e ao mesmo tempo, um dos principais sinais de alerta.
Os casos de diabetes mal controlada são mais propícios a desenvolver doença oral mais grave. Por outro lado, o estado de infeção acaba por dificultar o controlo dos níveis de açúcar no sangue, pelo que é um ciclo vicioso que deve ser evitado.

Para muitas pessoas pode ser uma surpresa, mas a halitose, ou mau hálito, também pode estar associado à diabetes. O mau hálito não é uma doença, nem está 100% relacionado com problemas estomacais, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia ou problema de saúde e também sinalizar alteração fisiológica. Ou seja, é um sinal de que algo no organismo está desequilibrado.
As pessoas com diabetes descompensada podem ter hálito cetónico, pela libertação de corpos cetónicos, resultantes da degradação de ácidos gordos, pelo que a presença de mau hálito também não deve ser negligenciada.

Fonte: Tupam Editores

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