Um artigo elaborado por uma equipa multidisciplinar, intitulado "Humor, Comédia e Comportamento do Consumidor" e publicado no Journal of Consumer Research, tentou descobrir de que forma o humor ajuda as pessoas a alcançar os seus objetivos.

Este trabalho dividiu as metas das pessoas em três grandes categorias: metas hedónicas (maximizando o prazer e minimizando a dor), objetivos utilitários (otimizando o bem-estar a longo prazo) e objetivos sociais (prioridade na convivência com os outros).

Os autores argumentam que o bom humor (risos e diversão) ajuda as pessoas a sentirem-se melhor e a fazerem experiências positivas, como assistir a um filme ou jantar num restaurante, e a percecionarem experiências negativas, como ir ao dentista ou esperar na fila, como menos desagradáveis.

Compartilhar risos também pode ajudar as pessoas a relacionarem-se e a darem-se melhor.

Mas a apreciação do humor nem sempre melhora os resultados utilitários, como a tomada de decisões ou a saúde. Por exemplo, rir tende a tornar as pessoas mais criativas, mas também mais descuidadas.

Da mesma forma, assistir a um filme engraçado pode ajudar alguém a recuperar de doenças emocionais, como depressão ou distúrbio de ansiedade, mas há poucas evidências de que o humor ajude relativamente ao cancro ou a gripes.

Verificou-se também que tentar fazer os outros rir às vezes ajuda as pessoas a alcançar os seus objetivos, mas outras vezes atrapalha. Por exemplo, dizer uma piada pode ajudar as pessoas a estarem mais atentas, mas também pode fazer com que uma mensagem pareça menos importante.

Uma conclusão notável do artigo é que os efeitos da produção de comédia dependem do tipo de piada que as pessoas contam, bem como se a piada realmente faz a plateia rir.

Provocar e contar piadas insultuosas é menos propenso a ajudar as pessoas a lidar com a perda ou a lidar com uma interação social menos positiva do que brincar com o Musicoterapia pode ajuda ou criar um trocadilho divertido.