Um estudo recentemente publicado no Journal of Internal Medicine demonstrou, pela primeira vez, segundo os autores, que os probióticos podem ser usados para proteger o esqueleto humano.

A descoberta surge no âmbito da realização de um ensaio clínico randomizado e duplamente cego conduzido por Mattias Lorentzon e a sua equipa de investigadores, da Academia Sahlgrenska da Universidade de Gotemburgo, Suécia.

Os cientistas verificaram que a bactéria Lactobacillus reuteri, estirpe conhecida como 6475, exerce um efeito protetor significativo sobre o esqueleto de mulheres idosas.

O estudo contou com a participação de 90 mulheres idosas com 76 anos ou mais de idade, as quais tomaram um pó que continha um tratamento ativo com a bactéria Lactobacillus reuteri 6475 ou um placebo. Tanto as mulheres como os investigadores desconheciam quem tinha tomado o quê durante o estudo.

“Quando terminámos o estudo um ano depois, medimos a perda óssea nas mulheres na parte inferior das pernas com ressonância magnética e comparámo-la com as medições que tínhamos feito quando o estudo começou”, referiu Anna Nilsson, uma das autoras.

Os dados apurados mostraram que as mulheres que tinham tomado o probiótico tinham perdido apenas metade da massa óssea em relação às que tinham recebido um placebo.

Observou-se também que o tratamento foi bem tolerado, sem mais efeitos secundários do que os nas mulheres que tinham tomado o pó inativo.

Este estudo poderá ter implicações importante no futuro, pois as mulheres mais velhas são o grupo que se encontra em maior risco de osteoporose e de fraturas.

“O tratamento com probióticos poderá ser uma forma eficaz e segura de prevenir o desencadeamento de osteoporose em muitas pessoas mais velhas no futuro”, afirmou Mattias Lorentzon, outro autor do estudo.