O burnout é uma condição resultante da acumulação de stress. É comum em pessoas cujas profissões são competitivas ou têm muita responsabilidade. Pode levar ao desenvolvimento de problemas psicológicos e físicos, como nervosismo, depressão, disfunções gastrointestinais, cansaço excessivo e tonturas.

Mais da metade dos médicos sofrem de burnout e muitos não procuram tratamento, de acordo com um relatório publicado na revista AMA Wire da American Medical Association.

Destacando que os mesmos traços de personalidade que ajudam os médicos a se destacarem na sua profissão provavelmente farão com que se sintam esgotados, além disso, muitos dos médicos não procuram tratamento para o burnout, indica o relatório, que apresenta cinco razões pelas quais os médicos têm menos probabilidade de procurar tratamento para o burnout.

De acordo com o artigo, é menos provável que os médicos procurem ajuda por causa do estigma, o que poderia estar relacionado com preocupações em ter um histórico de doença mental que poderia dificultar a obtenção/manutenção da licença para praticar a Medicina.

A fim de melhorar o acesso aos cuidados de saúde mental, a AMA adotou recentemente uma política recomendando a limitação dos requisitos para a divulgação de condições de saúde.

A “personalidade do médico” também é responsável por não tratar o burnout; aqueles que são mais dedicados ao seu trabalho estão sob maior risco de sentirem esgotamento.

Além disso, nas últimas décadas, os médicos estão a ter agendas mais sobrecarregadas, enfrentam expetativas de produtividade mais altas e mais tempo gasto com a documentação, deixando menos tempo para interagir com outros médicos. Os médicos também parecem ter uma mentalidade de sobrevivência, acreditando que as coisas vão melhorar quando terminarem a situação atual.