COVID-19, SITUAÇÃO DE CALAMIDADE PRORROGADA

COVID-19, SITUAÇÃO DE CALAMIDADE PRORROGADA

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

0

O alerta dado há uma semana pelo Secretário de Estado da Saúde durante a conferência de imprensa semanal referindo que “desconfinar não é descontrair” e que “normalizar não é desresponsabilizar” como que prenunciava o que se viria a passar a seguir.

De facto, as várias chamadas de atenção de alguns dos responsáveis dos mais variados sectores da saúde, proteção civil e outros, não bastaram para evitar que uma boa parte dos portugueses, confinados em suas residências há longas semanas, ao espreitarem os primeiros sinais de bom tempo zarpassem para as praias e outros locais de lazer, esquecendo momentaneamente o dever cívico “de se protegerem e de protegerem os outros”, tantas vezes repetido pelas autoridades.

A consequência esperada está à vista! A pandemia da doença covid-19 não abrandou, principalmente na zona na Grande Lisboa e Vale do Tejo, levando o Governo a protelar por mais duas semanas a passagem à fase 3 de desconfinamento e à aprovação de novas medidas extraordinárias com vista a prevenir a transmissão da doença.

Com vista a conter a pandemia e garantir a segurança dos portugueses, é objetivo do Governo promover o levantamento gradual das suspensões e interdições decretadas anteriormente durante o estado de emergência e de calamidade, por forma a regressar de forma gradual e segura ao funcionamento da atividade económica, mediante uma avaliação contínua do quadro epidemiológico, sanitário, social e económico, caminho que será implementado através de diversas e subsequentes fases que se mostrem as mais adequadas ao evoluir da situação.

Segundo a resolução do Conselho de Ministros do último fim de semana, a população deixa de ter de cumprir um dever cívico de recolhimento domiciliário, mas “mantém-se a necessidade, por razões de saúde pública, de se observar regras de ocupação, permanência e distanciamento físico, bem como regras de higiene.”

Genericamente, entre outras medidas igualmente relevantes, foi decidido prorrogar a situação de calamidade em todo o território nacional até às 23h59 do dia 14 de junho de 2020, sem prejuízo de renovação ou modificação, na medida em que o evoluir da situação epidemiológica covid-19 o justifique.

No caso particular dos surtos localizados na Área Metropolitana de Lisboa são estabelecidas limitações especiais para a região, designadamente quanto à concentração de pessoas e aos estabelecimentos de comércio ou prestação de serviços.

Nesta nova fase do plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, procedeu-se à reabertura gradual de restaurantes e cafés, lojas com áreas superiores a 400 metros quadrados, centros comerciais, creches, ginásios, escolas e centros de culto, entre outras medidas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, como a autorização de visitas aos idosos, segundo regras ainda muito restritivas dada a vulnerabilidade daquele grupo etário, o mais fustigado pela pandemia, bem como a praticamente todos os estabelecimentos comerciais.

Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral de Saúde, através do último boletim epidemiológico, a Covid-19 provocou até hoje 1424 mortes em Portugal, mais 94 que na última semana, e infetou 32700 pessoas, tendo sido recuperadas desde o início 19552, o que mostra uma gradual melhoria relativamente à semana anterior, mas ainda com um número significativo de pessoas internadas (471) e 64 destas nos cuidados intensivos, números no entanto inferiores aos de há uma semana atrás.

Embora contido, começa a instalar-se um certo clima de otimismo na sociedade, mas ainda existe alguma incerteza quanto ao seu evoluir, designadamente quanto à possibilidade de eclosão de uma segunda vaga no outono, ninguém arriscando previsões sobre datas para início das atividades normais da sociedade, que se adivinha jamais voltarão a ser como antes, pelo menos até que se descubra a vacina milagrosa que nos liberte do medo e desconfiança no nosso semelhante.

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19), foi declarada pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, no dia 11 de março de 2020. Segundo números oficiais daquele Organismo, até essa data a infeção já tinha atingido mais de 126 mil pessoas e causado mais de 4641 mortos, tendo sido recuperados 68300 doentes, em cerca de 116 países.

Decorridos cerca de 3 meses, após aquela declaração, a pandemia continua a alastrar e, em todo o mundo, já ultrapassa os 6 milhões e trezentos mil infetadas pelo vírus Sars-Cov-2 e o número de mortos aproxima-se dos 375 mil. Porém, nem tudo são más notícias, o número dos pacientes recuperados da doença continua a crescer atingindo valores que já se aproximam dos 2 milhões oitocentos e setenta mil, número animador e que confere cada vez mais esperança no futuro e sobretudo nos permite aumentar os níveis de confiança nos profissionais de saúde de todo o mundo que abnegadamente se entregam à difícil e arriscada tarefa de cuidar dos infetados e que tantas vezes são esquecidos, tornando-se eles próprios vítimas deste inimigo invisível que todos temem. Os últimos dados divulgados pelo Secretário de Estado da Saúde, há uma semana, mostravam que havia em Portugal cerca de 2131 profissionais da saúde infetados, dos quais 396 são médicos, 566 enfermeiros e 1179 outros profissionais como assistentes operacionais e técnicos.

covid 19, mapa mundo

Caraterização do novo vírus covid-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

Um novo coronavírus (COVID-19) foi identificado em Wuhan, China, em final de dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia.

Diferença entre epidemia e pandemia
A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, ECDC, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuídos ao COVID-19. Não obstante estes números estarem a mudar a cada minuto que passa, o quadro abaixo reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto nos é possível.

Situação Mundial da pandemia a 02 de Junho, segundo a OMS:

covid 19, tabela

 

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?
As pessoas podem ser infetados pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infectadas ao tossirem ou espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?
A maioria das pessoas infetadas experimenta uma doença leve e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:.
–  Febre
–  Tosse
–  Dificuldade para respirar
–  Dor muscular
–  Cansaço anormal

Surto de doença, O que precisa saber?
Se já esteve em áreas afectadas pelo COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infectada com o COVID-19 e se no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:
– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.
– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contatos tidos.
–  Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contatos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção
-  Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
- Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NnÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
- Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
- Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos
- Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1 metro de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de apoio em Portugal (SAÚDE 24) : (+351) 808 24 24 24

Fontes:
https://www.who.int/eportuguese/countries/prt/pt/
https://www.ecdc.europa.eu/en/novel-coronavirus-china
https://covid19.min-saude.pt/

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

Referências Externas:

UMA HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

SOCIEDADE E SAÚDE

UMA HOMENAGEM AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER

O Dia Internacional da Mulher, data dedicada à celebração das conquistas e contribuições das mulheres ao longo da história, bem como à consciencialização sobre as desigualdades de género e à promoção...
PRÉMIO NOBEL DE MEDICINA 2023

SOCIEDADE E SAÚDE

PRÉMIO NOBEL DE MEDICINA 2023

Em cerimónia realizada a 2 de outubro no Instituto Karolinska, na Suécia, o porta-voz do Comité do Prémio Nobel revelou que Katalin Karikó e Drew Weissman eram os galardoados com o Prémio Nobel de Fis...
TRATAMENTOS PARA A DOR CIÁTICA

DOENÇAS E TRATAMENTOS

TRATAMENTOS PARA A DOR CIÁTICA

A dor ciática ou mais vulgarmente designada somente por ciática, é um sinal de perturbação da função do maior nervo do corpo humano, o nervo ciático, que pode tornar-se incapacitante e causar muito so...
IMPORTÂNCIA DA VITAMINA B12 NO VEGANISMO

DIETA E NUTRIÇÃO

IMPORTÂNCIA DA VITAMINA B12 NO VEGANISMO

A vitamina B12 também denominada por cianocobalamina ou simplesmente cobalamina, devido à presença iões de cobalto na sua estrutura, é um micronutriente essencial hidrossolúvel, altamente complexo.
0 Comentários