COVID-19, DESCONFINAR NÃO É DESCONTRAIR

COVID-19, DESCONFINAR NÃO É DESCONTRAIR

SOCIEDADE E SAÚDE

  Tupam Editores

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A frase que serve de título a este tema, foi proferida pelo Secretário de Estado da Saúde durante a última conferência de imprensa, pretendendo com isso alertar os portugueses para o dever cívico “de se protegerem e de protegerem os outros”, querendo com isso chamar a atenção para o facto de no último fim-de-semana muitos portugueses terem aproveitado o calor para deixarem as suas casas e rumarem às zonas de praia e de lazer, referindo na oportunidade que “normalizar não é desresponsabilizar”.

Uma certa estabilidade no número de casos da covid-19 levou o Governo a anunciar a passagem à segunda fase de desconfinamento, previsto no plano inicial de contingência, a partir da semana 18 de maio. Nesta nova fase do plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, iniciou-se a reabertura de restaurantes e cafés, lojas até 400 metros quadrados de superfície, creches e escolas para os alunos do 11º e 12º anos, entre outras medidas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, como a autorização de visitas aos idosos, segundo regras ainda muito restritivas dada a vulnerabilidade daquele grupo etário, o mais fustigado pela pandemia.

O estado de calamidade pública foi ordenado pelo Primeiro-Ministro para entrada em vigor no dia 3 de maio e irá manter-se até 31 de maio, esgotado que foi o prazo antes estabelecido para o estado de emergência decretado pelo Presidente da República a 19 de março e sucessivamente renovado até essa data.

Basicamente, as regras de segurança irão manter-se até essa data, muito embora já se tenha vindo a verificar uma certa descompressão social, que o bom tempo em muito tem ajudado, com as primeiras pequenas multidões a deslocarem-se para as zonas de praia.

Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral de Saúde, através do último boletim epidemiológico, a Covid-19 provocou até hoje 1330 mortes em Portugal, mais 112 que na última semana, e infetou 30788 pessoas, tendo sido recuperadas desde o início 17822, o que mostra uma substancial melhoria relativamente às semanas anteriores, mas ainda assim com um número significativo de pessoas internadas (531) e 72 destas nos cuidados intensivos, números no entanto inferiores aos de há uma semana atrás.

Embora contido, começa a instalar-se um certo clima de otimismo na sociedade, mas ainda não se vislumbra o fim da pandemia mantendo-se assim alguma incerteza quanto ao seu evoluir, ninguém arriscando previsões sobre datas para início das atividades normais da sociedade, que se adivinha jamais voltarão a ser como antes, pelo menos até que se descubra a vacina milagrosa que nos liberte do medo e desconfiança no nosso semelhante.

A pandemia do novo coronavírus (COVID-19), foi declarada como tal pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, no dia 11 de março de 2020. Através dessa declaração, quis significar que a doença tinha atingido proporções à escala mundial, muito embora com surtos diferentes em vários países do mundo.

Até à data do anúncio a infeção já tinha atingido mais de 126 mil pessoas e causado mais de 4641 mortos, tendo sido recuperados 68300 doentes, em cerca de 116 países, segundo números oficiais daquele Organismo.

Decorridas quase 12 semanas, após essa declaração, embora mais lentamente devido sobretudo às medidas radicais de contenção social levadas a cabo, a pandemia continua a alastrar e, em todo o mundo, já ultrapassa os 5 milhões e quinhentos mil infetadas pelo vírus Sars-Cov-2 e o número de mortos aproxima-se dos 350 mil. Porém, nem tudo são más notícias, o número dos pacientes recuperados da doença continua a subir atingindo valores que já ultrapassam 2 milhões trezentos e vinte mil, número animador e que confere cada vez mais esperança no futuro e sobretudo nos permite aumentar os níveis de confiança nos profissionais de saúde de todo o mundo que abnegadamente se entregam à difícil e arriscada tarefa de cuidar dos infetados e que tantas vezes são esquecidos, tornando-se eles próprios vítimas deste inimigo invisível que todos temem. Segundo o Secretário de Estado da Saúde, no final da última semana, havia em Portugal cerca de 2131 profissionais da saúde infetados, dos quais 396 são médicos, 566 enfermeiros e 1179 outros profissionais como assistentes operacionais e técnicos.

O Governo tem vindo a atualizar todo um conjunto de medidas legislativas extraordinárias com caráter urgente para dar resposta à situação epidemiológica, entre as quais se destaca o estabelecimento de planos de contingência para a epidemia SARS-CoV-2, e para assegurar o tratamento da doença no Serviço Nacional de Saúde (SNS), através de um regime legal adequado a esta realidade excecional, em especial no que respeita a matéria de contratação pública e de recursos humanos, para além de ajuda às famílias e às empresas.

Continua assim em vigor um regime excecional em matéria de recursos humanos, que contempla: suspensão de limites de trabalho extraordinário; simplificação da contratação de trabalhadores; mobilidade de trabalhadores; contratação de médicos aposentados sem sujeição aos limites de idade.

Como medida de precaução, as autoridades sanitárias continuam a apelar à população para seguir rigorosamente as medidas de mitigação recomendadas, prevendo-se que os casos com infeção continuem a crescer de forma mais atenuada nos próximas semanas, não obstante o número de casos de doentes recuperados em Portugal e na maioria dos países por todo o mundo, possa constituir um sinal de esperança no combate que travamos para debelar esta pandemia silenciosa, já comparável a uma guerra mundial que afeta toda a humanidade.

Caraterização do novo vírus covid-19

Os coronavírus são uma família de vírus de RNA que geralmente provocam doença respiratória leve em humanos, semelhante a uma gripe comum. Porém, algumas estirpes podem apresentar-se como doença mais grave, como o síndrome respiratório do Médio Oriente (MERS) e o síndrome respiratório agudo severo (SARS-CoV-2).

Um novo coronavírus (COVID-19) foi identificado em Wuhan, China, em final de dezembro de 2019 e alastrou por outras regiões, acabando por contaminar todo o planeta e tendo originado a atual pandemia.

Diferença entre epidemia e pandemia
A palavra pandemia, deriva do grego “pandemias” (todos + demos=povo), para identificar uma epidemia de doença infeciosa que se espalha quase simultaneamente entre a população de uma vasta região geográfica como continentes ou mesmo pelo planeta.

Metodologia de atualização de dados

A atual situação epidémica é acompanhada diariamente pela OMS, ECDC, DGS e outras Entidades de Saúde Regionais que divulgam os principais indicadores relativos ao número de casos atingidos pela doença bem como o número de mortes diretamente atribuídos ao COVID-19. Não obstante estes números estarem a mudar a cada minuto que passa, o quadro abaixo reflete os últimos dados conhecidos, sendo nossa intenção mostrar uma panorâmica a nível global que ajude a uma tomada de consciência das pessoas, tão realista quanto nos é possível.

Situação Mundial da pandemia a 25 de Maio, segundo a OMS:

covid 19, tabela

 

RECOMENDAÇÕES DA ECDC

Como se espalha o COVID-19?
As pessoas podem ser infetados pelo COVID-19 através de outras pessoas portadoras do vírus inalando pequenas gotículas infectadas ao tossirem ou espirrarem ou ao tocar superfícies contaminadas e em seguida tocarem o nariz, a boca ou os olhos.

Quais são os sintomas da doença?
A maioria das pessoas infetadas experimenta uma doença leve e recuperam naturalmente, mas para muitas outras pode ser mais grave. Os sintomas principais incluem uma combinação de:.
–  Febre
–  Tosse
–  Dificuldade para respirar
–  Dor muscular
–  Cansaço anormal

Surto de doença, O que precisa saber?
Se já esteve em áreas afectadas pelo COVID-19 com risco de exposição ou entrou em contacto com pessoa infectada com o COVID-19 e se no espaço de 14 dias, desenvolve tosse, febre ou falta de ar:
– Fique em casa e não vá para o trabalho ou escola.
– Ligue de imediato para o número de saúde do país em que deseja obter informações; certifique-se de que menciona os sintomas, histórico de viagens e os contatos tidos.
–  Não vá ao médico ou hospital. Lembre-se que pode infetar outras pessoas. Se precisar de entrar em contacto com seu médico ou visitar o serviço de emergência hospitalar, ligue com antecedência; indique sempre os seus sintomas, o histórico de viagens ou contatos.

Como pode proteger-se e aos outros da infeção
-  Evite o contacto próximo com pessoas doentes, especialmente as que tossem ou espirram.
- Tussa e espirre no cotovelo ou num lenço de papel, NnÃO na mão. Descarte o lenço usado imediatamente num contentor do lixo fechado e lave as mãos com água e sabão.
- Evite tocar nos olhos, nariz e boca antes de lavar as mãos.
- Lave regularmente as mãos com água e sabão, pelo menos durante 20 segundos ou use um desinfetante à base de álcool após tossir / espirrar, antes de comer e preparar alimentos, depois do uso do WC e após tocar superfícies em locais públicos
- Pratique o distanciamento social: mantenha-se pelo menos a 1 metro de distância dos outros, especialmente de quem estiver a tossir ou espirrar.

Linha de apoio em Portugal (SAÚDE 24) : (+351) 808 24 24 24

Fontes:
https://www.who.int/eportuguese/countries/prt/pt/
https://www.ecdc.europa.eu/en/novel-coronavirus-china
https://covid19.min-saude.pt/

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
10 de Abril de 2024

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