Também designado por noctambulismo (movimentos ou ações automáticas durante o sono, dos quais o indivíduo não se recorda ao acordar), ou hipnofrenose, o sonambulismo é um transtorno comportamental do sono, durante o qual a pessoa pode desenvolver habilidades motoras simples ou complexas, como por exemplo sair da cama e poder andar, comer, urinar, realizar tarefas comuns e mesmo sair de casa, enquanto permanece inconsciente.
Não é fácil acordar um sonâmbulo, porém, contrariamente à crença popular, não é perigoso fazê-lo, sendo inclusive arriscado não o fazer, pois alguns sonâmbulos podem ficar confusos e agir com violência caso o despertar não seja feito com as devidas cautelas.
Excessivamente estereotipado, o sonambulismo é um fenómeno relativamente comum especialmente entre crianças, embora também possa persistir na vida adulta. Geralmente os fenómenos de sonambulismo não apresentam consequências graves para os pacientes, mas o quadro clínico é rodeado de muitas dúvidas e preocupações, nomeadamente quanto às suas causas, tratamento e formas práticas de atuação quando ocorre em pessoas que estão próximas, como por exemplo, se deveremos ou não acordar a pessoa repentinamente acometida pelo sono.
Estima-se que entre 15% a 40% das crianças na faixa etária dos 5 aos 12 anos, apresentem ou já tenham apresentado algum episódio de sonambulismo, pelo menos uma vez na vida, sendo que na sua maioria deixam de ter esse comportamento a partir da adolescência. No entanto, na idade adulta, as pesquisas apontam para uma percentagem variável entre 0,5% a 4% de portadores de sonambulismo persistente.
No adulto, a perturbação pode ser frequentemente originada por excesso no consumo de álcool, sedativos ou outros fármacos similares, como os anti-histamínicos e antiarrítmicos, ocorrendo com mais frequência em doentes com epilepsia ou outras perturbações mentais, enquanto nos idosos o sonambulismo pode resultar da presença de uma disfunção cerebral orgânica, que não sendo propriamente uma doença em si mesma, mas antes um conjunto de condições que podem causar danos no cérebro, leva a uma diminuição das funções cerebrais e ao comprometimento de habilidades cognitivas causadas por doenças neurodegenerativas, traumas cerebrais, dependência química e exposição a metais pesados, mas não são motivados por distúrbios psiquiátricos.
Trata-se de sintomas que podem vir a desenvolver problemas de memória, dificuldade de compreensão, confusão mental, alterações comportamentais, distúrbios visuais e por vezes fortes dores de cabeça, sintomas que vão interferir com as tarefas do dia-a-dia dos pacientes.
É importante lembrar que quando acordamos de um episódio de sonambulismo, durante curtos intervalos, o cérebro pode apagar essas memórias considerando-as desnecessárias, juntamente com os nossos sonhos, dando a impressão de que se tratou de um episódio de sonambulismo. Esse tipo de amnésia é também comum nas dissonias, perturbações primárias do sono, classificadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como problemas orgânicos importantes do sistema nervoso. Nas crianças, com as áreas do cérebro responsáveis pela memorização ainda pouco desenvolvidas, comparativamente com os adultos, esse esquecimento é ainda mais comum.
A causa do sonambulismo ainda permanece um mistério e ainda não é conhecido um tratamento eficaz. Todavia, existe um grande número de pessoas que acredita, embora erradamente, que o sonambulismo é uma conversão normal no estado de vigília dos movimentos que o indivíduo efetua enquanto dorme.
Porém, na realidade o sonambulismo ocorre antes do estágio dos movimentos oculares rápidos, designados por sono REM (Rapid Eyes Movemnet), um dos cinco estágios durante os quais as ondas cerebrais diminuem de intensidade até atingir um profundo estado de relaxamento.
O sono REM é crucial para o processamento e fixação das memórias, aprendizagem e conhecimentos adquiridos durante o dia, além de garantir uma boa noite de descanso e equilíbrio geral do organismo, ajudando na prevenção de doenças cardíacas e de problemas mentais e psicológicos, como a ansiedade e depressão.
No estado de relaxamento, mantém-se a baixa atividade no hipotálamo, este ligado à consciência, bem como no córtex cerebral, que controla os movimentos do corpo. No caso do sonambulismo, essas ondas vindas de uma área do cérebro designada por ponte cerebral são irregulares e, por isso, não cumprem de forma eficaz a sua função de inibir a região motora.
Por outro lado, como as áreas motoras se mantêm ativas, o sonâmbulo é capaz de se sentar, andar e executar outras tarefas rotineiras, enquanto a área relacionada com a consciência e memória, na zona do hipotálamo, se mantém praticamente inativa. Isso explica porque as pessoas que sofrem desse distúrbio não percebem o que fazem nem se recordam de nada do que fizeram, no dia seguinte, embora em algumas situações se possam manifestar em atos concretos que possam representar motivo de preocupação em sua consciência.
As pessoas que sofrem desta alteração do sono, são capazes de fazer coisas inesperadas, mas nunca chegar aos extremos fantasiosos, muitas vezes aproveitados pela indústria cinematográfica, já que na maioria dos casos se manifestam através de comportamentos não comprometedores, quer para si próprios quer para terceiros.
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