ALIMENTAÇÃO

Descoberta ligação entre estações do ano e hábitos alimentares

O número de horas de exposição à luz que experimentamos afeta a forma como comemos e como queimamos energia, o que pode ajudar a compreender a ligação entre as estações e o metabolismo.

Descoberta ligação entre estações do ano e hábitos alimentares

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Podemos pensar que somos mais saudáveis no verão pois o sol brilha, obtemos vitamina D e os dias são longos, no entanto, uma investigação recente realizada na Universidade de Copenhaga sugere que os hábitos alimentares no inverno podem ser melhores para a nossa saúde metabólica do que os hábitos alimentares no verão, pelo menos no caso dos ratinhos.

Estuda-se a influência da hora do dia em aspectos do metabolismo como exercício, obesidade e diabetes, no entanto, a maioria dos estudos que investigam esta ligação fazem-no assumindo uma duração igual do dia e da noite durante todo o ano. Assim, o objetivo dos especialistas era descobrir o que as diferenças sazonais de luz significavam para o metabolismo.

A maioria das pessoas no mundo vive com uma diferença de luz de pelo menos duas horas entre o verão e o inverno. No estudo, ratinhos de laboratório foram expostos a diferentes horas de luz, para representar diferentes estações, e foram medidos os marcadores de saúde metabólica e os ritmos circadianos desses animais.

Os investigadores constataram que mesmo em animais não sazonais, as diferenças nas horas de luz entre o verão e o inverno causam diferenças no metabolismo energético – neste caso, no peso corporal, massa gorda e teor de gordura no fígado.

Segundo o líder do estudo, Lewin Small, isso foi particularmente observado em animais expostos às horas de luz do inverno. Esses ratinhos tiveram menos ganho de peso corporal e adiposidade e apresentavam mais ritmicidade na maneira como se alimentavam durante um período de 24 horas – o que levou a benefícios na saúde metabólica.

Este estudo, publicado na revista Cell Metabolism, é o primeiro desse tipo a examinar a influência das horas de luz no metabolismo de ratinhos, que não são considerados animais sazonais, pois, tal como os humanos, não se reproduzem apenas em estações específicas. Os animais que se reproduzem em épocas específicas aumentam de peso antes da época da reprodução para poupar energia.

Uma vez que no estudo os sujeitos experimentais eram ratinhos, não é possível presumir que o mesmo se aplica aos humanos.

Não há dúvidas de que as diferenças nas horas de luz afetam o metabolismo energético. A realização de estudos adicionais em humanos pode permitir descobrir que a alteração da exposição à luz artificial à noite ou à luz natural ao longo do ano poderia ser usada para melhorar a nossa saúde metabólica.

Para Small, os resultados são importantes para compreender como os padrões alimentares são afetados pela luz e pelas estações do ano, e poderá ajudar a entender porque é que algumas pessoas ganham mais peso, ou mesmo se o peso aumenta mais numa altura específica do ano.

Fonte: Tupam Editores

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