A DC é uma doença inflamatória intestinal crónica e progressiva que causa dor abdominal, perda de peso e fadiga. O tratamento da doença geralmente concentra-se no alívio dos sintomas para alcançar a remissão clínica através do uso de corticosteroides ou imunomoduladores, mas permanece a necessidade de um tratamento mais eficaz.

Embora existam inúmeras terapias e mecanismos de ação para medicamentos aprovados para a DC moderada a grave, há um teto terapêutico no que diz respeito aos resultados, com geralmente menos de 50% dos pacientes em remissão a longo prazo.

Recentemente, foram aprovados para utilização vários agentes biológicos. O adalimumab é um anticorpo monoclonal que reduz as citocinas inflamatórias inibindo o fator de necrose tumoral alfa. O ustekinumab é outro anticorpo monoclonal, embora o medicamento tenha como alvo um conjunto diferente de proteínas: a interleucina 12 e a interleucina 23.

Para o estudo, recentemente publicado no The Lancet, os cientistas recrutaram cerca de 400 pacientes com DC que selecionaram aleatoriamente para receber ustekinumab ou adalimumab. Os pacientes que atingiram a remissão clínica foram semelhantes entre os dois grupos: 124 (65%) de 191 pacientes no grupo ustekinumab versus 119 (61%) de 195 no grupo adalimumab.

Não ocorreu nenhuma morte durante um ano de estudo, embora um pouco mais pacientes no grupo ustekinumab tenham descontinuado o tratamento do estudo antes de decorrido um ano. Além disso, as medidas de gravidade da doença relatadas pelos pacientes diminuíram de forma semelhante ao longo do estudo.

Ambos os regimes de tratamento resultaram em remissão clínica com perfis de toxicidade semelhantes. Os resultados dão informações que ajudam nas decisões do médico e do paciente na seleção da terapia.

Hanauer refere que existem inúmeras opções para pacientes com doença moderada a grave, no entanto, a chave é tratar os pacientes com um regime eficaz e tratar os alvos o mais cedo possível, já que não existe nenhum medicamento que afete a fibrose quando esta ocorrer.