HIPERTENSÃO

Fármacos para hipertensão podem beneficiar memória

Os adultos mais velhos que usam certos medicamentos para tratar a hipertensão podem manter mais as suas habilidades de memória à medida que envelhecem, concluiu um novo estudo da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Fármacos para hipertensão podem beneficiar memória

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Os cientistas descobriram o benefício entre os idosos que tomam medicamentos que podem passar pela “barreira hematoencefálica”, que é uma fronteira de células especializadas que impede que substâncias tóxicas entrem no cérebro.

Esses fármacos incluem certos inibidores da ECA e bloqueadores do recetor da angiotensina II, ou ARBs - duas classes principais de medicamentos para hipertensão.

Entre quase 12 900 pacientes do estudo, aqueles que tomaram os medicamentos que penetram no cérebro mostraram menos perda de memória em três anos, em comparação com pessoas que tomavam medicamentos para pressão arterial que não podiam cruzar a barreira hematoencefálica. As descobertas evidenciam uma relação entre a pressão arterial e a saúde do cérebro.

A hipertensão é considerada um fator de risco para demência, e há evidências de que o controlo rígido da pressão arterial reduz o risco de comprometimento cognitivo - declínios nas habilidades de memória e raciocínio - à medida que as pessoas envelhecem.

Tanto os inibidores da ECA quanto os ARBs atuam no sistema renina-angiotensina do corpo, que é fundamental na regulação da pressão arterial.

Contudo, o cérebro tem o seu próprio sistema renina-angiotensina, separado do corpo, explicam os autores. O estudo sugere que esse sistema está envolvido na aprendizagem e na memória - e que está “alterado” na doença de Alzheimer.

Os cientistas reuniram dados de 14 estudos publicados anteriormente envolvendo dados de adultos mais velhos, geralmente na faixa dos 60 ou 70 anos. Todos estavam a tomar um inibidor da ECA ou BRA para hipertensão.

Alguns estavam a usar medicamentos que cruzam a barreira hematoencefálica: os inibidores da ECA captopril, fosinopril, lisinopril, perindopril, ramipril e trandolapril, ou os ARAs telmisartan e candesartan.

No geral, os resultados mostraram que os pacientes que tomavam esses medicamentos tiveram um declínio mais lento no desempenho da memória ao longo de três anos, em comparação com aqueles que tomavam remédios para pressão arterial não cruzada.


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