CIRURGIA

CHULC quer alargar cirurgia bariátrica a jovens obesos

O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) quer alargar a realização de cirurgias bariátricas a jovens adolescentes obesos, avançou o endocrinologista José Silva Nunes.

CHULC quer alargar cirurgia bariátrica a jovens obesos

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

ADOLESCENTES GORDOS

“Neste momento, vamos começar a avançar com a cirurgia de adolescentes”, provavelmente, a partir dos 16 anos, adiantou o especialista da Unidade de Tratamento Cirúrgico da Obesidade do CHULC.

Atualmente, o CHULC, que integra os Hospitais São José, Curry Cabral, Dona Estefânia, Santa Marta, Capuchos e Maternidade Dr. Alfredo da Costa, só faz este tipo de cirurgia a partir dos 18 anos.

“Temos jovens de 18 anos, já oficialmente adultos, que já foram submetidos a cirurgia, mas no futuro vamos passar a ter ainda mais jovens”, na sequência de uma colaboração do Hospital Curry Cabral com o Hospital Dona Estefânia, disse o endocrinologista.

José Silva Nunes explicou que os cirurgiões pediátricos e os pediatras do Hospital Dona Estefânia vão também acompanhar esses jovens candidatos depois da cirurgia bariátrica.

Segundo José Silva Nunes, quem recorre maioritariamente à cirurgia bariátrica para perder o excesso de peso são as mulheres, entre 80 a 85 por cento do total dos doentes.

Contudo, realçou o endocrinologista, a cirurgia “não é pela questão estética”, mas pelas implicações que a obesidade tem para a saúde, como um risco aumentado de cancro, diabetes, hipertensão, doença coronária, apneia obstrutiva do sono.

“A pessoa pensa que um doente com cancro é um doente magrinho, obviamente também há doentes magrinhos, que infelizmente acabam por ter processos neoplásicos, mas a obesidade por si só confere um risco aumentado de múltiplos cancros”, alertou o endocrinologista.

“Há uma panóplia brutal de patologias que são secundárias ao excesso de tecido adiposo, portanto, melhorando ou diminuindo a quantidade de gordura que a pessoa apresenta diminui inerentemente essas comorbilidades que as pessoas apresentam”, concluiu.

Fonte: SNS

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