CARDIOLOGIA

Enfarte mata mais mulheres do que homens

“Atualmente, o enfarte mata mais mulheres do que homens, em Portugal. Fatores como hipertensão, dislipidemia, diabetes, menopausa, tabagismo e sedentarismo contribuem para o aumento do risco de desenvolver esta doença”, afirma João Brum Silveira, presidente da Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC).

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De acordo com o especialista, a número de casos de enfarte do miocárdio tem vindo a aumentar, nas últimas décadas, “nomeadamente em mulheres jovens, sobretudo devido ao estilo de vida contemporâneo e a uma maior aposta nas carreiras profissionais por parte da população feminina, que gera situações de stresse, ansiedade e depressão”.

Por este motivo, a APIC está a promover uma campanha nacional de consciencialização para o enfarte agudo do miocárdio, uma doença que mata quase duas mil mulheres por ano.

A campanha “Cada Segundo Conta” vai ser divulgada, em formato vídeo, no âmbito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de março.

O vídeo da campanha vai ser divulgado nos canais de comunicação internos e externos e nas redes sociais dos municípios, nomeadamente de Figueira da Foz, Câmara de Lobos, Guarda, Serpa, Mangualde, Barreiro, Miranda do Douro, Porto, Angra do Heroísmo, Mourão, Moita, Marco de Canaveses, Olhão, Rio Maior e Vila Nova da Barquinha.

“De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística, em 2017, morreram 1917 mulheres com enfarte agudo do miocárdio. A obstrução das artérias do coração por placas arterioscleróticas pode manifestar-se de várias formas, que vão desde dor no peito em esforço, a enfarte agudo do miocárdio e, até mesmo, a morte súbita”, explica o cardiologista de intervenção.

“Historicamente, em todo o mundo, o enfarte agudo do miocárdio tem sido considerado uma doença do homem e, durante muitos anos, as mulheres foram subdiagnosticadas, levando a um tratamento tardio desta situação clínica. Nos últimos anos, têm sido feitos esforços no sentido de haver uma maior consciencialização, para reconhecer e tratar o enfarte e a doença arterial coronária na população feminina”, acrescenta.

João Brum Silveira lembra da importância de controlar os fatores de risco e de adotar um estilo de vida saudável, reduzindo assim em 80 por cento a incidência da doença em mulheres.

Fonte: Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC)

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