Um estudo publicado na revista Cancer Discovery revela que realizar uma alteração na calendarização do tratamento para o melanoma, o tipo de cancro da pele mais agressivo o mortal, pode melhorar os resultados do mesmo, promovendo respostas mais eficazes. Os testes foram realizados em ratinhos com a doença.

A investigação, liderado pelo cientista Adrew Aplin, do Centro de Oncologia Sidney Kimmel da Universidade Thomas Jeffferson, nos Estados Unidos, teve como objetivo otimizar as combinações e a calendarização dos tratamentos direcionados para melhorar a redução tumoral e minimizar a toxicidade em ratinhos com melanoma.

Os cientistas testaram a combinação de um inibidor da via MEK com o palbociclib, um inibidor das vias CDK4/6, usado no cancro da mama e atualmente em ensaios clínicos para uso no melanoma.

Os dados apurados mostraram que, quando administrados de forma intermitente, observou-se um crescimento tumoral após uma semana sem os fármacos, e resistência nos tumores cerca de oito semanas depois.

Contudo, a administração contínua de um dos fármacos, e intermitente de outro, fez com que os tumores diminuíssem e se mantivessem pequenos, independentemente do fármaco administrado de forma contínua.

Observou-se ainda que, com a inibição contínua da MEK, os tumores se mantinham constantemente pequenos, tendo alguns inclusivamente diminuído até ficarem indetetáveis. Por outro lado, a inibição contínua das vias CDK4/6 revelou alguma toxicidade não observada com outras calendarizações.

Os autores concluíram, desta forma, que a combinação do inibidor da MEK, administrado de forma contínua, com o inibidor das CDK4/6, dado de forma intermitente, revelou ser a calendarização mais eficaz contra o melanoma em ratinhos.

Adicionalmente, os investigadores descobriram que a administração de um inibidor da mTOR, juntamente com o tratamento otimizado do melanoma, combateu a resistência tumoral.