Imaginação e realidade afetam cérebro de igual forma

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  Tupam Editores

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Basta imaginar uma ameaça para acionar as mesmas regiões do cérebro ativadas quando um indivíduo se depara com a mesma ameaça na vida real. E esta é uma boa notícia porque indica que a imaginação pode ser uma ferramenta poderosa na superação de fobias ou do stresse pós-traumático.

Esta é a conclusão de uma avaliação de imagens cerebrais realizada por investigadores da Universidade do Colorado e da Escola de Medicina Icahn, ambas nos Estados Unidos, sugerindo que a imaginação pode ser uma ferramenta terapêutica poderosa para ajudar pessoas com medo e distúrbios relacionados com a ansiedade.

“Esta pesquisa confirma que a imaginação é uma realidade neurológica que pode impactar nos nossos cérebros e corpos de formas que influenciam o nosso bem-estar”, comentou Tor Wager, um dos autores do artigo publicado na revista Neuron.

Os pesquisadores mediram a atividade cerebral usando ressonância magnética funcional (fMRI), enquanto sensores na pele mediam como o corpo respondia à imaginação e às coisas reais.

Cérebro e imaginação

Nos grupos que imaginavam ameaças ou ouviam sons ameaçadores, a atividade cerebral mostrou-se notavelmente semelhante à vivência real, com o córtex auditivo (que processa o som), o núcleo accumbens (que processa o medo) e o córtex pré-frontal ventromedial (associado ao risco e à aversão) a serem ativados de forma similar.

Após repetidas exposições, os voluntários dos grupos de ameaças reais e imaginárias experimentaram o que é conhecido como “extinção”, em que o estímulo anteriormente indutor de medo não mais estimulava uma resposta de medo.

Essencialmente, o cérebro tinha aprendido a não ter medo, o que está em conformidade com conclusões recentes de que o cérebro não possui um “circuito neural do medo”.

“Essas novas descobertas preenchem uma lacuna de longa data entre a prática clínica e a neurociência cognitiva”, disse Marianne Cumella Reddan, principal autora do estudo.

“Este é o primeiro estudo de neurociências a mostrar que imaginar uma ameaça pode realmente alterar a forma como ela é representada no cérebro”, concluiu a investigadora.

Autor:
Tupam Editores

Última revisão:
09 de Abril de 2024

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