Cobertor elétrico: conheça os benefícios e os riscos do seu uso
A descida das temperaturas já começou, e o frio torna as noites de sono menos agradáveis, sendo mais difícil adormecer. Para solucionar o problema, muitas pessoas recorrem aos cobertores elétricos, no entanto, ainda que práticos e eficazes, requerem alguns cuidados.
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O cobertor elétrico pode ser feito de lã, malha, sintético ou algodão. O tecido recebe um tratamento para aguentar altas temperaturas em segurança. Dentro do tecido existe uma trama fina munida de resistências elétricas que, quando ligadas à rede elétrica, dissipam calor aquecendo a superfície – isto faz com que o cobertor seja aquecido de forma uniforme, tal como a superfície que cobre.
A sua temperatura é regulável, apresentando um termostato fácil de usar e ao alcance da mão. Para aquecer a cama basta colocar o cobertor por cima, bem estendido, e ligá-lo à tomada. Seleciona-se a temperatura ideal e deixa-se a trabalhar. Na altura de se deitar, a cama estará preparada para uma noite tranquila.
Apesar destes cobertores serem uma excelente opção para os dias frios, também podem ser perigosos e, como tudo o que é elétrico, exigem cuidados para evitar acidentes.
Convém referir que a malha elétrica se pode danificar ou partir e acabar por provocar um incêndio. Assim, não deve molhar, dobrar ou perfurar o cobertor elétrico. Tenha este facto em atenção quando o guardar na primavera.
De forma a evitar um sobreaquecimento, não coloque mais roupa por cima do cobertor. Tenha em mente que um cobertor elétrico é mais um sistema de aquecimento, sendo essencial a sua monitorização e cuidado.
Curiosamente, de acordo com as médicas Eve Glazier e Elizabeth Ko é muito possível que estes cobertores tenham um impacto negativo no sono. Estudos já demonstraram que a temperatura central do nosso corpo diminui um ou dois graus quando estamos a dormir o que melhora a qualidade do sono, por isso, os especialistas sugerem que um ambiente de sono mais quente interfere e prejudica o sono.
Além disso, estes cobertores são uma fonte de campos elétricos e magnéticos de frequência extremamente baixa, juntamente com linhas elétricas, fios elétricos e aparelhos elétricos. A preocupação é que, como o nosso corpo gera milhares de milhões de minúsculos impulsos elétricos que podem ser influenciados por campos eletromagnéticos externos, a exposição pode representar um perigo para a saúde.
Explicam ainda que várias condições médicas, como a diabetes, podem resultar em neuropatia – algo que causa alguns danos nos nervos periféricos das extremidades do corpo e sintomas como dores, sensações de formigueiro e picadas, assim como dormência. E qualquer um destes sintomas pode interferir com a sensibilidade de um indivíduo ao calor, particularmente durante o sono. Isto torna possível o sobreaquecimento durante o sono, ou mesmo queimaduras nas zonas de contacto direto com o cobertor.
Tendo em conta o exposto, as especialistas aconselham a não dormir com o cobertor elétrico ligado. Este deve ser utilizado para aquecer a cama e ser desligado antes de adormecer.