HIPERTENSÃO

Hipertensão: medicamento comummente prescrito não é perigoso

As dihidropiridinas são amplamente utilizadas como agentes anti-hipertensivos, sendo prescritas a mais de 0,4 bilhão de adultos em todo o mundo. Recentemente, investigadores e médicos têm manifestado preocupação que um desses medicamentos, a amlodipina, possa apresentar riscos para os pacientes, mas um novo estudo publicado na revista Function permitiu concluir que a substância não é perigosa.

Hipertensão: medicamento comummente prescrito não é perigoso

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Cerca de 1 em cada 5 adultos em todo o mundo é diagnosticado com hipertensão, sendo alguns grupos étnicos particularmente propensos à doença. Quando não tratada, a hipertensão aumenta significativamente o risco de morte prematura por ataque cardíaco, AVC ou doença renal, sendo responsável atualmente por 7,6 milhões de mortes por ano.

Tomada em forma de comprimido, a amlodipina inibe um tipo de canal de cálcio presente nos vasos sanguíneos. Quando o canal de cálcio se abre, o cálcio entra no músculo e faz com que ele se contraia, aumentando a pressão arterial. A amlodipina impede a entrada de cálcio, levando ao relaxamento dos vasos e à diminuição da pressão arterial.

O benefício desta substância no tratamento da hipertensão tem sido questionado pelos investigadores. Alguns estudos sugeriram que a amlodipina pode ativar um tipo diferente de canal de cálcio, resultando em alterações nos vasos sanguíneos e num aumento da insuficiência cardíaca nos pacientes. A retirada da amlodipina como medicamento anti-hipertensivo teria implicações significativas para a saúde, uma vez que a hipertensão é uma condição de saúde muito comum.

Mas um novo estudo realizado por investigadores dos Institutos Nacionais de Saúde e da Universidade de Glasgow descobriu que é improvável que tomar amlodipina resulte num aumento da insuficiência cardíaca nos pacientes. Os especialistas verificaram que a amlodipina parece ter propriedades químicas únicas que fazem com que a substância imite a ativação dos canais de cálcio, sem realmente abrir os canais, que era o que preocupava os médicos.

Ao controlarem essas propriedades químicas, os especialistas descobriram que a amlodipina não ativava os canais de cálcio. Uma meta-análise que combinou ensaios clínicos e uma análise prospetiva do mundo real mostrou que a amlodipina não estava associada ao aumento da insuficiência cardíaca ou a outros problemas cardiovasculares.

Segundo Anant Parekh, um dos autores do estudo, a remoção da amlodipina como terapia de primeira linha provavelmente aumentaria dramaticamente as mortes por hipertensão. O estudo recomenda que a amlodipina continue a fazer parte do tratamento de primeira linha para a hipertensão.

Fonte: Tupam Editores

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