OBESIDADE

Obesidade infantil: SPEO recomenda medidas de combate e prevenção

A Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO) aproveita o período do verão, como um momento de pausa e reflexão das famílias, para recordar a importância de se reconhecer a obesidade como uma doença e partilhar algumas recomendações para que o excesso de peso seja prevenido e combatido também nos mais jovens (crianças e adolescentes).

Obesidade infantil: SPEO recomenda medidas de combate e prevenção

CRIANÇAS E ADOLESCENTES

ADOLESCENTES GORDOS

A SPEO junta assim a sua voz ao “The Lisbon Call to Action”, um manifesto lançado no dia 29 de junho com o objetivo de proteger as crianças dos ambientes obesogénicos digitais, reduzindo a sua exposição ao marketing digital de produtos alimentares pouco saudáveis e melhorando a acesso a alimentos saudáveis e ambientalmente sustentáveis.

De acordo com dados da Childhood Obesity Surveillance Initiative (COSI) da Organização Mundial da Saúde-Europa, de 2019, uma em cada três crianças apresenta excesso peso e 10,6 por cento sofre de obesidade infantil.

O mesmo relatório refere que é comum observar-se obesidade infantil em famílias que apresentam obesidade e outras comorbilidades associadas, resultando em que mais de 60 por cento das crianças obesas tornar-se-ão adultos obesos. É neste contexto que a SPEO deixa o alerta às famílias para que sejam feitas mudanças de comportamento, quer de hábitos alimentares, quer de estilos de vida, e deixa algumas medidas que podem contribuir para o combate e prevenção do excesso de peso.

Segundo a SPEO, deve “organizar a ida ao supermercado elaborando uma lista de compras com o que se necessita para as refeições, dando prioridade a legumes e frutas e evitando adquirir alimentos/snacks com alto teor de açúcar, sal e gordura”.

“Manter horários das refeições e ter em atenção as porções que são servidas – manter a mesma rotina alimentar a que os mais jovens estão habituados em tempo escolar contribui para um maior controlo do consumo alimentar ao longo do dia” e apostar na fruta são outras das recomendações.

“Fazer da fruta a sobremesa de excelência e incluí-la nos pequenos-almoços e lanches. A apresentação também conta e aqui pode optar por várias formas: em espetadas, bolinhas, com canela e/ ou outras especiarias”, explica SPEO.

Por outro lado, deve aumentar o consumo de produtos hortícolas. “Incluir o grão, feijão e ervilhas nas refeições e usar a sopa no início da refeição como uma forma fácil de aumentar o consumo hortícola nos mais jovens”.

De acordo com a SPEO, a hidratação com água é essencial ao longo do dia, incluindo durante as refeições, salientando que se devem evitar as bebidas açucaradas.

“Aliada a uma boa alimentação está também a realização de alguma atividade física diária (entre 30 a 60 minutos) que pode envolver dança, jogos, tutoriais online ajustados à idade ou até mesmo caminhar ao ar livre”, aconselha, no que se refere à prática de exercício físico.

O contexto pandémico teve um grande impacto nos hábitos de vida das crianças e dos pais e de acordo com o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, mais de 26 por cento dos portugueses aumentaram de peso na pandemia. É, portanto, essencial que se adotem estratégias criativas para combater os maus hábitos alimentares e sedentarismo.

A SPEO alerta ainda os pais, mas também os jovens adolescentes, para a necessidade de tratar a obesidade ou pré-obesidade, recorrendo ao apoio de profissionais de saúde para que possam receber o acompanhamento adequado uma vez que a obesidade é efetivamente uma doença.

“A obesidade já era uma pandemia antes da COVID-19, mas no período que atravessamos, atualmente, torna-se ainda mais importante colocar um travão a esta que é uma doença considerada um problema de saúde pública. Neste momento o impacto da obesidade é tão grande em Portugal que prevenir já não é suficiente. Temos de tratar as pessoas com obesidade já instalada, em especial as mais jovens, bem como combater os ambientes obesogénicos”, afirma Paula Freitas, presidente da SPEO.

Para mais informações poderá consultar o site https://bit.ly/3hk1C6M.

Fonte: Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO)

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