Sépsis é a principal causa de morte evitável no mundo
A sépsis é responsável por cerca de sete a nove milhões de mortes por ano em todo o mundo. Uma realidade que poderia ser diferente com prevenção adequada e diagnóstico atempado.
A nova era dos dispositivos móveis e dos serviços online vieram mudar o tradicional conceito de sociabilização, em particular entre os mais jovens, permanentemente ligados ao mundo digital.
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A sépsis é uma inflamação sistémica causada por uma infeção como resposta aguda do sistema imunitário a uma infeção grave. As condições mais graves obrigam a longos períodos de internamento hospitalar e causam morbilidade e mortalidade elevadas.
Estima-se que, anualmente, em todo o mundo, cerca de 30 milhões de pessoas desenvolvam sepsis. No âmbito do Dia Mundial da Sépsis, que se assinala a 13 de setembro, importa recordar a importância da prevenção e do diagnóstico atempado.
A prevenção da sépsis passa por prevenir as infeções. O risco de sépsis pode ser reduzido, principalmente em crianças, quando respeitado o calendário de vacinação. Uma higiene adequada das mãos e cuidados com o equipamento médico podem ajudar a prevenir infeções, inclusive hospitalares, que originam a sépsis.
A maioria dos microrganismos pode causar uma infeção que origina a sépsis, incluindo bactérias, fungos, vírus e parasitas. No entanto, também pode ser causada por infeções pelo vírus da gripe, dengue e outros patógenos altamente transmissíveis, como vírus do ébola ou febre amarela.
Os principais sintomas da sépsis são: fala arrastada ou confusão; tremor extremo ou dor muscular; febre; não urinar durante o dia; falta de ar e pele manchada ou sem cor.
“A sépsis causa problemas na coagulação do sangue, na irrigação de órgãos vitais como o cérebro, coração ou rins, disfunções orgânicas graves”, refere Eleonora Bunsow, especialista na área de Microbiologia Clínica e Doenças Infeciosas e Medical Advisor da BioMérieux Portugal e Espanha.
“A eficácia do tratamento depende muito da rapidez do diagnóstico. A taxa de mortalidade aumenta, portanto, nos casos em que o diagnóstico é mais demorado e, sobretudo, nos casos em que o doente tem o sistema imunitário debilitado ou uma doença crónica”, destaca.
Mesmo após a alta hospitalar, as consequências da sépsis podem permanecer. Os efeitos a longo prazo incluem danos permanentes nos órgãos afetados, assim como incapacidade física e cognitiva, estados de tristeza, dificuldade em deglutir, fadiga e fraqueza muscular, dificuldade em dormir, problemas de memória, dificuldade de concentração, ansiedade são alguns dos sintomas que se podem manter para o resto da vida.
