INFECÇÃO

Em desenvolvimento vacina e tratamento para infeções bacterianas

A biotecnológica portuguesa Immunethep, sediada em Cantanhede, tem em desenvolvimento uma vacina injetável e um tratamento contra as infeções bacterianas, com base numa investigação desenvolvida na Universidade do Porto.

Em desenvolvimento vacina e tratamento para infeções bacterianas

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Segundo Bruno Santos, CEO da empresa, a vacina visa prevenir infeções por cinco bactérias diferentes (Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Klebsiella pneumoniae, Escherichia Coli e Streptococcus do grupo B) que são conhecidas por superbactérias, por serem resistentes aos antibióticos. Já o trabalho levado a cabo para desenvolver o produto para tratar essas infeções é resultado de uma parceria com a americana Merck.

Nesta investigação não se está a atacar cada uma das bactérias isoladamente, pois descobriu-se um mecanismo que todas essas bactérias usam. De referir que se trata-se de bactérias conhecidas pela sua resistência a antibióticos e responsáveis por grande parte das infeções hospitalares.
Tendo descoberto o porquê de essas bactérias estarem a ultrapassar o nosso sistema imunitário e serem capazes de nos infetar e terem um mecanismo comum, a abordagem permitiu fazer uma vacina que tem capacidade de prevenir a infeção dessas cinco bactérias.

É importante referir que existem no mercado, atualmente, vacinas que conseguem prevenir alguns subtipos de cada bactéria, no entanto, a tecnologia em desenvolvimento na Immunethep é muito mais abrangente, tratando-se de um produto que vai ser revolucionário e que irá entrar em ensaios clínicos.

Uma das bactérias visadas pela nova vacina é a pneumococo – principal responsável por pneumonias e meningites, entre outras doenças. As vacinas que estão no mercado, juntas, representam cerca de sete mil milhões de vendas por ano, e o novo produto poderia substituir este assim que chegasse ao mercado.

Paralelamente à vacina antibacteriana que será sempre preventiva da infeção e para além de outra contra a Covid-19, a equipa de dez cientistas da Immunethep está a desenvolver um tratamento por anticorpos monoclonais – que ajudam o sistema imunológico a combater doenças mais rapidamente – passível de ser aplicado a doentes quando os antibióticos não funcionam.

Bruno Santos refere que a vacina está numa fase mais adiantada, e os anticorpos numa fase mais atrasada, mas já existem parcerias (com empresas farmacêuticas e outras entidades) à escala global e esse desenvolvimento continua a bons passos.

Fonte: Tupam Editores

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