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Sobrepeso na adolescência aumenta risco cardíaco tal como obesidade

Investigadores da Universidade Estadual Paulista, no Brasil, descobriram que adolescentes com sobrepeso têm um risco aumentado de desenvolver doenças cardiovasculares tanto quanto jovens obesos.

Sobrepeso na adolescência aumenta risco cardíaco tal como obesidade

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Os pesquisadores dividiram 40 adolescentes em dois grupos, com rapazes e raparigas na mesma proporção e com diferentes valores de score-z – uma escala usada no diagnóstico nutricional de crianças e adolescentes baseada no número de desvios padrão acima ou abaixo da média da população na mesma idade.

O primeiro grupo foi composto por adolescentes com sobrepeso, classificados pelo score-z com um a dois desvios padrão acima da média (+1 e +2). O segundo grupo reuniu adolescentes obesos, identificados pelo score-z com desvios padrão acima de dois.

Os jovens foram submetidos a um protocolo de exercícios físicos moderados, que incluía caminhada de 20 minutos numa passadeira sem inclinação. O objetivo era alcançar 70 por cento da frequência cardíaca máxima estimada para a faixa de idade.

Pretendeu-se avaliar a velocidade de recuperação cardíaca autonómica, que permite analisar o risco de uma pessoa apresentar uma complicação cardiovascular imediatamente após uma atividade física e também estimar o risco de vir a ter uma doença cardiovascular no futuro.

Durante os primeiros segundos de um exercício físico, há uma redução da atividade do sistema nervoso parassimpático - responsável por estimular ações que relaxam o corpo, como desacelerar os batimentos cardíacos.

Já após os primeiros 50 a 60 segundos do esforço físico, há um aumento da atividade do sistema nervoso simpático - estimulando ações de resposta a situações de stress, como a aceleração dos batimentos cardíacos, por meio dos efeitos da adrenalina.

Quanto maior é o tempo que esse sistema nervoso autónomo demora para se estabilizar após o exercício e recuperar a frequência cardíaca normal, maior também é a predisposição para doença cardiovascular ou metabólica.

As análises da variabilidade da frequência cardíaca dos adolescentes com sobrepeso, e obesos revelaram que não houve diferença significativa entre eles. Também não houve diferença na variabilidade da frequência cardíaca das raparigas em comparação com a dos rapazes.

“Essas evidências sugerem que os adolescentes com sobrepeso, têm a mesma predisposição, ou uma vulnerabilidade muito parecida com a de obesos, de desenvolver uma doença cardiovascular, como hipertensão e insuficiência cardíaca, além de distúrbios metabólicos, como diabetes, dislipidemia e alterações nos níveis de triglicerídeos e de colesterol”, resumiu o professor Vitor Valenti, coordenador da equipa.


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