ALIMENTAÇÃO

Alimentação correta pouparia 500 milhões de euros a Portugal

O maior peso dos custos da obesidade tem uma origem nos tratamentos e na prestação de cuidados de saúde, segundo o economista Álvaro Almeida.

Alimentação correta pouparia 500 milhões de euros a Portugal

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Estima-se que a obesidade custe 500 milhões de euros por ano em Portugal, um valor que pode duplicar, de acordo com Álvaro Almeida, professor associado da Faculdade de Economia do Porto.

“Trata-se de uma doença onde a carga nutricional tem um efeito mais importante”, motivo que levou o também consultor a analisar o potencial de retorno económico associado à nutrição.

“Num cenário limite, se a nutrição permitisse acabar com a obesidade, poder-se-ia eliminar esse custo”, sustenta o professor, que irá defender esta ideia no Congresso da Associação Portuguesa de Nutrição, que se realiza esta quinta e sexta-feira, dias 17 e 18 de maio, na Alfândega do Porto.

Segundo o economista, o maior peso dos custos da obesidade tem uma origem direta, nomeadamente, nos tratamentos e na prestação de cuidados de saúde, incluindo as despesas hospitalares e as relacionadas com os profissionais de saúde. A essa componente há que juntar os custos indiretos, relacionados com a perda de produtividade decorrente das paragens por doença.

Os 500 milhões de euros, “valor que resulta do cruzamento de dados a nível nacional e internacional, poderia ser reduzido com a intervenção nutricional, tendo também em conta a quantidade de doenças associadas à obesidade, como a diabetes ou a hipertensão”, alerta o professor.

O impacto na economia seria ainda mais relevante se fosse tido em conta o efeito da melhoria nutricional na qualidade de vida das pessoas, acrescenta Álvaro Almeida.

Segundo estimava do Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME), em 2015, “mais de 26 por cento da carga global da doença em Portugal era atribuível a fatores de risco, como o tabagismo, consumo de álcool, hábitos alimentares e inatividade física. Obesidade, colesterol elevado e diabetes estão entre essas doenças. Quanto melhor a qualidade de vida do cidadão, menores são os custos com os tratamentos destas doenças”, conclui o professor.

Fonte: Dinheiro Vivo

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