NUTRIÇÃO

DECO alerta para o grande mito do marketing chamado superalimentos

Nutritivos e saborosos, sem dúvida, os chamados superalimentos não são superiores a outros com qualidades idênticas e, por vezes, mais baratos. “Por exemplo, em vitamina C, 30 gramas de bagas góji equivalem a um quarto de laranja”, avisa a Associação de Defesa do Consumidor – DECO.

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O que é que os superalimentos têm? A dúvida é comum, mas a DECO responde. “Uma riqueza nutricional admirável. Porém, esta, só por si, não funciona como um escudo contra todos os males, ao contrário do que a publicidade tem levado a acreditar”, explica a associação.

Segundo a organização, há alimentos mais baratos que reúnem benefícios idênticos e merecedores de iguais louvores. “Selecionámos oito alimentos em voga, desmistificamos as propriedades nutritivas e os efeitos na saúde com base na prova científica, e damos sugestões equivalentes, em geral, muito mais baratas”. Mais do que procurar soluções milagrosas, o mais razoável é uma dieta variada que inclua cinco porções diárias de frutas e de legumes, afirma a associação.

Os ditos superalimentos acumulam atributos e poderes nutritivos especiais, segundo a sabedoria propagada por especialistas instantâneos nas redes sociais, na Internet em geral e nalgumas publicações que se esmeram em títulos apelativos.

“Elaboram-se listas dos melhores superalimentos com intermináveis benefícios e todos, ou quase todos, os nutrientes necessários a uma saúde de ferro. São os antioxidantes, as vitaminas e os minerais. E outros tantos atributos. Não significa que a generalidade dos chamados superalimentos não seja saudável e recomendável ou que não contribua para a diversificação alimentar. Mas não são a solução milagrosa publicitada, nem justificam uma ingestão intensiva”, alerta a DECO.

A ciência, medicina e lei concordam: o conceito de superalimento não tem definição. “A designação é uma obra de puro marketing, que tem mais de lenda do que de realidade. E, à medida que os anos passam, os nomes debaixo do chapéu das qualidades extraordinárias vão sofrendo alterações. O conhecimento científico avança e a situação altera-se”, comenta a DECO.

O óleo de coco, por exemplo, perdeu pontos quando se verificou que o elevado teor em gordura saturada aconselhava a moderação. E a popularidade nem sempre beneficia os povos nativos. A procura da quinoa, por exemplo, fez subir o preço, dificultando o acesso daqueles a um alimento de base, refere ainda.

Fonte: Sapo

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