Parar de fazer exercício pode resultar num aumento de sintomas depressivos, de acordo com uma nova pesquisa sobre saúde mental realizada pela Universidade de Adelaide, na Austrália.

Os investigadores reviram resultados de estudos que examinaram os efeitos da interrupção do exercício em adultos regularmente ativos. Os resultados foram publicados no Journal of Affective Disorders.

"A atividade física adequada e o exercício são importantes para a saúde física e mental", disseram os especialistas; “as atuais diretrizes de saúde pública recomendam que as pessoas se exercitem na maioria dos dias da semana, senão todos os dias da semana. São recomendados pelo menos 150 minutos de exercícios de intensidade moderada por semana para manter a saúde e prevenir a depressão, ou 75 minutos de exercício de intensidade vigorosa para benefícios adicionais à saúde”.

Várias investigações mostraram que o exercício regular pode reduzir e tratar a depressão. No entanto, há poucas pesquisas que se debrucem sobre o que acontece com os sintomas depressivos quando o exercício é interrompido. Por isso, os investigadores reviram estudos que investigaram a cessação do exercício em 152 adultos. Cada um deles realizou pelo menos 30 minutos de exercício, três vezes por semana, durante um mínimo de três meses.

"Nalguns casos, a cessação desta quantidade de exercício induziu a aumentos significativos nos sintomas depressivos após apenas três dias; outros estudos mostraram que os sintomas depressivos das pessoas aumentaram após as primeiras uma ou duas semanas, o que ainda é logo após a interrupção do exercício”, concluíram os investigadores.