De acordo com a Direção-Geral da Saúde (DGS), na segunda semana de junho verificou-se um aumento dos episódios de urgência provocados por Covid-19 em todas as regiões do país e em todas as idades, embora com maior impacto nos mais idosos, situação similar à que se verifica atualmente em vários outros países do espaço europeu.
Quanto à mortalidade diretamente relacionada com a Covid-19, registaram-se na semana nove óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, um valor abaixo das 20 mortes a 14 dias, limiar definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC). Segundo esta entidade, após um período de circulação muito baixa de SARS-CoV-2, há agora evidências de um aumento na circulação da nova variante BA.2.86 da Omicron nos cuidados primários e secundários desde maio, em alguns países da UE/EEE.
No entanto, o aumento dos casos de SARS-CoV-2 positivos foi observado sem qualquer aumento simultâneo da atividade respiratória, medida pelo número de visitas aos médicos de família ou de internamentos hospitalares, com sintomas respiratórios. O grau de positividade do teste SARS-CoV-2 nos cuidados secundários é atualmente o mais elevado entre a classe etária com 65 anos ou mais, indicando que as populações vulneráveis continuam em risco de sofrer doenças graves.
A vacinação continua a ser o melhor meio de proteção contra o vírus, com uma proteção mais eficaz contra doenças mais graves, embora o seu efeito protetor diminua com o passar do tempo, sendo que a proteção vacinal de indivíduos com elevado risco de resultados graves, como as pessoas idosas, continuam a ser importantes.
O último relatório semanal do ECDC, confirma que a variante BA.2.86 do SARS-Cov-2 atualmente em circulação, é amplamente dominante, incluindo as suas subvariantes que transportam mutações R346T ou F456L, mutas vezes referidas pelos media como variantes FLiRT e incluindo as estirpes KP.2 e KP.3, não deverá estar associado ao aumento da gravidade da infeção ou para reduzir significativamente a eficácia da vacina.
O mais recente relatório do Instituto Nacional da Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), confirma que foram detetadas novas linhagens do SARS-CoV-2, numa altura em que Portugal enfrenta o ressurgimento de mais um surto inesperado da doença, com um aumento notável de infeções e hospitalizações.
Tal como no passado recente, o INSA está a coordenar o estudo de monitorização da disseminação do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal, através da análise do genoma deste vírus pandémico, contando com a colaboração de uma vasta rede de hospitais e laboratórios a nível nacional. A sequenciação completa do genoma está a ser identificada com recurso a tecnologias de sequenciação de nova geração e análise bioinformática da plataforma gratuita online INSaFLU, para deteção, classificação, análise e vigilância de vírus.
Desde o início da última pandemia, o vírus responsável pela Covid-19, sofreu diversas mutações, tendo levado ao surgimento de várias variantes, algumas das quais são especialmente preocupantes devido à sua maior transmissibilidade, resistência parcial à imunidade adquirida, seja por infeção prévia, vacinação ou maior gravidade da doença. As mutações que suscitam mais preocupações são geralmente as que afetam a proteína spike, a parte do vírus que se liga às células humanas e que tem sido o alvo principal das vacinas.
Devido à emergência dessas variantes e o seu impacto da doença nas políticas de Saúde Pública, os países têm vindo a ajustar as suas estratégias, seja através da aceleração da vacinação, cobrindo rapidamente a maior parte da população; desenvolvendo vacinas de segunda geração adaptadas às novas variantes; reforçando as medidas de controle, através do uso de máscaras, distanciamento social e restrições em viagens e monitorizando eficazmente a diversidade genética, através da intensificação e sequenciamento genómico para detetar e rastrear novas variantes.
De acordo com o ECDC, a vigilância da sintomatologia nos cuidados de saúde primários e secundários, indica que a atividade respiratória nos países da UE/EEE se mantém nos níveis iniciais, semelhantes aos observados durante o verão de 2023, tendo estabilizado após várias semanas de aumento de casos positivos. No entanto, o aumento de atividade do SARS-Cov-2 começou cerca de seis semanas mais cedo do que durante o verão de 2023, embora as tendências sejam comparáveis, em termos do número de amostras testadas e das taxas de positividade nos sistemas sentinela primários e secundários.
Nos sistemas sentinela de cuidados primários em clínica geral, a positividade dos testes agrupados, manteve-se nos 30%, indicando uma tendência estável ao longo das últimas três semanas, com uma positividade média de 12,5%. De referir que um único país continua a contribuir com mais de 50% dos resultados dos testes, reportando uma positividade acima dos 40%, divergência que naturalmente distorce os valores médios agrupados. Os dados dos cuidados secundários não sentinela, mostram tendências semelhantes às do sistema sentinela.
São designadas entidades sentinela “todas as que se enquadrem nos sectores público, privado e social e que tenham competências ou desenvolvam atividades de deteção precoce de riscos, surtos, epidemias ou outo tipo de emergências de saúde pública e que tenham celebrado, para o efeito de transmissão imediata de alertas, protocolos de colaboração no âmbito do sistema de vigilância em saúde pública, ou que já desempenhem, por qualquer forma, tais funções desde antes de agosto de 2009”.
As variantes do SARS-CoV-2 continuam a ser uma preocupação significativa para a saúde pública global. Por isso os responsáveis do INSA, DGS e especialistas em virologia, apelam à vacinação contra a Covid-19 na próxima época de setembro/outubro que se aproxima, recomendando fortemente o reforço das medidas de prevenção.
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