O Ácido úrico é um produto residual produzido pelo organismo humano, como resultado do metabolismo das purinas, um tipo de proteínas que podem ser encontradas em diversos alimentos que habitualmente ingerimos.
Parte desse produto é eliminado pelos rins através da urina e outra parte permanece em circulação no sangue. Porém, há muitos fatores que podem contribuir para que os níveis de ácido úrico aumentem no corpo, tornando-se prejudicial à saúde, designadamente na capacidade dos rins eliminarem a produção extra do fígado, excesso de proteínas, entre outros.
O excesso de ácido úrico é caraterizado por inchaço, inflamação, dor e sensibilidade aumentada nas articulações, podendo afetar principalmente as articulações dos pés, base dos dedos, joelhos, tornozelos, pulsos e dedos das mãos. Quando o paciente apresenta dor nas articulações ou quando existem suspeitas de doenças mais graves, como lesão renal ou leucemia, normalmente o médico pede um exame de ácido úrico que pode ser efetuado através de exame do sangue ou da urina.
Quando os níveis de ácido úrico no organismo aumentam, isso pode conduzir à formação de cálculos renais e gota, daí ser fundamental controlar os seus valores por forma a prevenir futuras complicações. A presença de ácido úrico no corpo é natural, uma vez que resulta do próprio processo metabólico das purinas dos alimentos, porém o que não é natural e pode resultar em grave prejuízo para a saúde é a sua existência em valores elevados.
Designada por hiperuricemia, na maioria dos casos essa condição necessita de apoio clínico e medicação específica, contudo existem cuidados alimentares que de forma significativa podem ajudar na normalização do ácido úrico, a começar pelo seguimento de uma dieta balanceada que pode desempenhar um papel crucial no seu controle.
Para isso, os especialistas recomendam reduzir o consumo de alimentos ricos em purinas, como carnes vermelhas, frutos do mar, vísceras e outros produtos de origem animal, aumentar a ingestão de alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais, grãos integrais e legumes. Além disso é igualmente recomendada a ingestão de água em abundância, para ajudar a diluir o ácido úrico e evitar a formação de cristais. Desde logo, deve portanto evitar-se o consumo de fígado, caldos de carne, sal, cerveja e outras bebidas alcoólicas, incluindo levedura de cerveja, aveia, cogumelos, carnes em geral, devendo reduzir-se o consumo a uma dose moderada por dia, mariscos, refrigerantes açucarados, alimentos ricos em gordura como manteiga, margarinas, óleos e produtos lácteos com elevado teor de gordura e alimentos processados em geral.
Por outro lado, deve aumentar-se o consumo de alimentos que favorecem a eliminação de ácido úrico e que tenham capacidade anti-inflamatória, com destaque para as frutas e legumes, que além de favorecerem a produção de urina, através da sua capacidade diurética promovem um pH da urina mais alcalino, além de serem fonte de vitaminas antioxidantes como a vitamina C; vegetais ricos em purinas, como os espargos, couve-flor, espinafres ou leguminosas, podem ser consumidos, pois parece não terem efeito significativo no aumento do ácido úrico; cereais integrais ricos em fitatos e fibra dietética, ajudam o organismo a reduzir a acumulação de ácido úrico; outros alimentos como a cereja, parecem ter um impacto especial na redução do ácido úrico, ainda que se desconheça a razão porque o cacau magro, as nozes, os lácteos magros e os ovos parecem também ser boas fontes de proteína e não contribuem para o aumento do ácido úrico.
Adicionalmente, caso seja aplicável, o paciente deve procurar perder peso gradualmente, através de uma combinação de dieta saudável e exercícios físicos regulares, uma vez que o excesso de peso está associado a níveis elevados de ácido úrico e aquela prática pode ajudar a reduzir os níveis de ácido úrico no sangue. Por outro lado, é aconselhável evitar o consumo excessivo de álcool e cafeína, substâncias que podem aumentar os níveis de ácido úrico no organismo.
Instalada a doença, em alguns casos pode ser necessário o uso de medicamentos específicos designados por Inibidores da Xantina oxidase, que reduzem a produção de ácido úrico, ou Agentes uricosúricos, que aumentam a excreção através dos rins, para controlar os níveis de ácido úrico.
Uma vez que sabemos que o stress pode desencadear flutuações nos níveis de ácido úrico, a prática de técnicas para o gerirmos adequadamente, como meditação, yoga ou exercícios de respiração, pode ajudar a manter os níveis de ácido úrico sob controle.
Controlar os níveis de ácido úrico é essencial para prevenir complicações com cálculos renais e gota. Ao seguir uma dieta saudável, mantendo um peso adequado, limitar o consumo de álcool e cafeína e praticar técnicas de gestão do stress, é possível controlar eficazmente os níveis de ácido úrico no organismo. Nos casos mais graves, pode ser necessário o uso de fármacos sob supervisão de um profissional de saúde, por isso consulte sempre um médico para obter orientações específicas sobre como controlar o ácido úrico.
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