ALIMENTAÇÃO

Crianças que não comem peixe são menos sociáveis e gentis

Crianças que consumiram a menor quantidade de frutos do mar aos 7 anos de idade provavelmente eram menos “pró-sociais” aos 7 e 9 anos do que aquelas que consumiam frutos do mar regularmente, apurou um novo estudo publicado no European Journal of Nutrition. O comportamento pró-social inclui interações amigáveis, altruísmo e partilha.

Crianças que não comem peixe são menos sociáveis e gentis


Os frutos do mar são uma fonte de muitos nutrientes cruciais para as crianças, incluindo ácidos gordos 1, selénio e iodo, e um sinal de um estilo de vida saudável de forma geral. A recomendação é que as crianças consumam pelo menos duas porções de peixe por semana, sendo uma delas um peixe gordo, como 1 ou cavala.

Para a investigação, os especialistas utilizaram dados de questionários de 5.969 participantes do estudo Children of the ‘90s. Os dados foram recolhidos ao longo de um período de dois anos e foram ajustados para fatores sociais e demográficos.

Quase todas as crianças no estudo não estavam a consumir frutos do mar na quantidade suficiente para atingir as recomendações do Serviço Nacional de Saúde (NHS) – o que pode ocorrer porque os pais foram alertados para o facto de o consumo excessivo de peixe poder aumentar o risco de exposição a poluentes como o mercúrio.

O comportamento pró-social começa a desenvolver-se quando as crianças têm entre 1 e 2 anos de idade e geralmente aumenta em frequência e complexidade à medida que elas crescem.

No estudo Children of the ‘90s, o comportamento pró-social foi medido através de questionários a que os pais responderam sobre os seus filhos aos 7 e 9 anos de idade. Foram ainda analisadas associações entre a ingestão de frutos do mar aos 7 anos e o QI, mas não se encontrou nenhuma relação.

Segundo a Dra Caroline Taylor, professora na Universidade de Bristol, os estudos anteriores revelaram que comer peixe durante a 1 no Reino Unido pode ter um efeito positivo no desenvolvimento infantil. Isso também se verificou em países onde a ingestão de peixe é maior do que no país, pelo que encorajar o consumo de peixe provavelmente terá um efeito positivo no desenvolvimento infantil.

Fica a recomendação: os pais devem alimentar os seus filhos com, pelo menos, duas porções de peixe por semana, cumprindo as diretrizes do NHS. As descobertas do estudo vieram esclarecer os pais e contribuir para que estes dêem às crianças o melhor começo de vida.

Fonte: Tupam Editores

ÚLTIMAS NOTÍCIAS