DOENÇA

Discinesia tardia afeta pacientes e cuidadores

A discinesia tardia representa um fardo substancial tanto para os cuidadores quanto para os pacientes, apurou um estudo publicado online no Journal of Patient-Reported Outcomes.

Discinesia tardia afeta pacientes e cuidadores

SOCIEDADE E SAÚDE

CUIDADORES INFORMAIS


Conhecida também pela sigla DT, a discinesia tardia é um distúrbio do movimento que causa sintomas de movimentos faciais descontrolados, como movimentos repetitivos da língua, movimentos de mastigação ou sucção e caretas involuntárias. Podem ocorrer também movimentos rápidos dos braços, pernas e tronco, assim como movimentos involuntários dos dedos.

Uma equipa de investigadores da Escola de Medicina da Texas Tech University-Permian Basin, em Midland, realizou uma pesquisa online com o objetivo de avaliar a carga deste distúrbio no paciente e no cuidador. Os 162 participantes eram cuidadores não remunerados de pacientes com diagnóstico de DT e esquizofrenia, transtorno bipolar e/ou transtorno depressivo maior.

A média de idade dos cuidadores era de 40,0 anos, e a idade média dos pacientes atendidos de 62,6 anos. A maioria dos cuidadores relatou que o paciente era seu pai ou responsável (56,2%) e que cuidava dele entre 1 a 10 anos (80,9%). Os cuidadores relataram que 21,0% dos pacientes atendidos apresentavam incapacidade de longo prazo e 54,3% eram reformados.

Os cuidadores avaliaram o impacto de sete dias de DT no funcionamento físico, psicológico e social dos pacientes e o impacto da DT nestes domínios nas suas próprias vidas e nas suas vidas profissionais.

Nos domínios físico, psicológico e social, a maioria dos cuidadores (82,7%) relatou que a DT teve impacto grave nos pacientes tratados, e 23,5% relataram impacto grave da DT nas suas próprias vidas. Os cuidadores experimentaram 46,4% de prejuízo nas suas atividades, e aqueles que estavam empregados (n = 136) tiveram 49,5% de comprometimento geral no trabalho devido aos cuidados relacionados à DT.

Como a carga subjetiva do cuidador é um fator de risco para a ansiedade nos cuidadores não remunerados, estas descobertas destacam a importância de reconhecer o impacto negativo incremental da DT nos cuidadores e podem ajudar os prestadores de cuidados de saúde a desenvolver ferramentas de avaliação para uma avaliação holística da carga do cuidador na DT.

Segundo Rakesh Jain, um dos especialistas envolvidos, estes resultados também demonstram que a DT impõe um fardo substancial na vida profissional dos cuidadores, que deve ser levado em conta quando se considera o fardo social do distúrbio.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS