Testosterona feminina: entenda a sua relação com a fertilidade
A testosterona é a principal hormona masculina, sendo responsável pelas funções sexuais – produção de espermatozoides, libido e ereção – e pelo desenvolvimento de características próprias do homem, como voz grossa, pelos faciais e corporais, maior densidade óssea e aumento de massa muscular, mas sabia que essa hormona também está presente no organismo da mulher?
Considera-se um casal infértil quando este não consegue ter filhos após dois anos de tentativas sem métodos contraceptivos, e estima-se que em todo o mundo cerca de 20% dos casais sejam inférteis.
LER MAIS
A testosterona feminina possui, aliás, um importante papel na regulação biológica e no processo de reprodução tendo, portanto, uma relação direta com a fertilidade da mulher.
Enquanto no homem o nível normal de testosterona varia de 300 a 1000 ng/dl (nanograma por decilitro de sangue), na mulher em idade fértil esse valor não passa de 59 ng/dl, e após a menopausa a concentração é ainda menor. A pequena quantidade de testosterona feminina é produzida nos ovários e nas glândulas adrenais ou suprarrenais.
O organismo precisa de equilíbrio hormonal para manter o bom funcionamento. O aumento na concentração de testosterona acarreta falhas nas funções femininas, por exemplo da ovulação. A principal doença associada ao aumento de testosterona no corpo da mulher é a síndrome do ovário poliquístico (SOP), que pode causar irregularidades menstruais e anovulação (ausência de ovulação), prejudicando a fertilidade feminina.
A testosterona participa da regulação da libido, aumentando o desejo sexual. Os níveis de testosterona aumentam antes da ovulação favorecendo as hipóteses de engravidar, no entanto, níveis elevados de testosterona na mulher podem ser um obstáculo para a gravidez.
O que acontece é que se a testosterona estiver muito aumentada na mulher impede a ovulação e por consequência o ovário não liberta o óvulo, impossibilitando a fecundação pelo espermatozoide. Por essa razão, é imprescindível que os níveis de testosterona feminina se mantenham sempre em equilíbrio.
Convém ter em mente que a toma de suplementos à base de testosterona pode alterar o sistema de reprodução da mulher. Assim, a toma de qualquer tipo de suplemento deve ser avaliado pelo médico que a acompanha, por precaução.
Em síntese, a testosterona feminina participa da análise da função sexual da mulher, e quando os níveis não estão equilibrados, é necessário consultar um ginecologista ou endocrinologista para ser feito o ajuste, evitando assim que ela dificulte ou impeça a mulher de engravidar.
Muitas vezes, apenas uma mudança no estilo de vida resolve o problema. Simples hábitos como uma alimentação saudável, praticar atividade física com frequência, dormir bem e tentar uma redução do stress diário podem fazer com que a produção hormonal volte ao normal.
