ANESTESIA

Anestesiologia: desconhecimento alimenta temor dos pacientes

O Dia Mundial da Anestesiologia comemora a primeira demonstração pública com sucesso de uma anestesia geral que ocorreu a 16 de outubro de 1846. A medicina como hoje a conhecemos não seria possível se a anestesiologia não tivesse sido inventada. E desde então, a ciência e a arte da anestesia evoluíram e avançaram a um ritmo veloz até ao cenário atual, onde o papel do anestesista é abrangente e não se limita ao bloco operatório.

Anestesiologia: desconhecimento alimenta temor dos pacientes

DOENÇAS E TRATAMENTOS

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Sabe-se que mais de 75% dos pacientes apresentam ansiedade extrema perante a possibilidadede de uma cirurgia, sendo a anestesia a principal causa de stress e temor, e isto porque ainda existe um grande desconhecimento acerca da área e do papel do anestesista. Aliás, muitos dos pacientes nem sabem se se trata de um médico ou de um profissional técnico.

A visão do anestesista pelo doente ainda é subvalorizada. É urgente informar os pacientes sobre a atual segurança da anestesia e sobre as áreas específicas em que este médico especialista pode intervir.

A anestesiologia engloba a prestação de um conjunto de cuidados específicos com o objetivo de eliminar ou atenuar a dor, reduzir ou suspender totalmente  os movimentos voluntários autónomos, atenuar ou suspender o estado de consciência vigíl, mantendo o equilíbrio das funções orgânicas e dos sinais vitais, identificando e tratando complicações potencialmente ameaçadoras à vida e promovendo a segurança e o bem estar dos pacientes que vão ser submetidos a procedimentos cirúrgicos.

Estes profissionais estão ainda presentes em alguns exames auxiliares de diagnóstico pelo risco que estes comportam (ex: cateterismo cardíaco), mas também para proporcionar conforto e segurança em exames que provocariam dor caso não fossem realizados com sedação anestésica (ex: endoscopia digestiva alta e colonoscopia) ou em situações como exames de imagiologia (ex: ressonância magnética, tomografia computorizada) em crianças ou doentes incapazes de colaborar.

A intervenção do anestesista começa antes do procedimento e termina muito depois do mesmo. Geralmente, quando é proposta uma cirurgia ou exame diagnóstico a um doente, é marcada uma consulta de anestesia em que é efetuada uma avaliação médica ao doente.

Para assegurar todas as condições para uma anestesia segura o médico necessita de obter informações sobre alergias, medicação habitual, anestesias e cirurgias prévias e doenças, nomeadamente do foro cardíaco e respiratório. O tipo de anestesia é determinado consoante as condições de saúde do doente, tipo de cirurgia a que será submetido e resultado dos exames médicos.

Durante o procedimento cirúrgico o paciente não tem nada a temer. Os locais de intervenção dos anestesistas estão sempre equipados de monitores e máquinas que permitem um bom controlo das funções vitais dos pacientes, durante o período em que estes geralmente perdem a consciência e o controlo sobre o que lhe possa acontecer.

O anestesista permanece durante todo o procedimento junto do intervencionado, monitorizando continuamente as suas funções vitais, como ritmo e frequência cardíaca, tensão arterial, respiração, temperatura corporal, entre outros, cuidando da manutenção do seu bem-estar e tratando qualquer questão que possa surgir, consequência da cirurgia e/ou procedimento técnico diagnóstico a que está a ser submetido ou de alterações resultantes das doenças que apresenta previamente ao procedimento.

A anestesia ainda é uma preocupação importante para o doente. Envolvê-lo em todo este processo é importante, uma vez que grande parte do sucesso vai depender dele. O seu envolvimento permitirá desmistificar alguns receios e reassegurar a confiança no sistema de saúde.

Fonte: Tupam Editores

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