ALZHEIMER

Alzheimer: três vacinas podem ajudar a prevenir a doença

A vacinação prévia contra o tétano, a difteria, o herpes zoster e a pneumonia está associada a um risco reduzido de desenvolver a doença de Alzheimer, de acordo com uma nova investigação realizada no Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em Houston, Estados Unidos.

Alzheimer: três vacinas podem ajudar a prevenir a doença

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O objetivo do estudo era comparar o risco de desenvolvimento de Alzheimer entre adultos com e sem vacinação prévia contra as doenças mencionadas. Participaram no estudo de coorte pacientes que não apresentavam demência durante um período retrospetivo de 2 anos e que tinham ≥65 anos de idade no início do período de acompanhamento de oito anos.

Os especialistas dividiram os pacientes em grupos de vacinados e de não vacinados, concentrando-se em três vacinas: Tdap/Td (para tétano, difteria e tosse convulsa), HZ (para herpes zoster) e pneumocócica (para pneumonia e outras infeções relacionadas) e calcularam o risco relativo (RR) e a redução do risco absoluto (RRA) para o desenvolvimento de Alzheimer.

De um total de 1.651.991 participantes, 122.777 receberam vacinas contra tétano e difteria, com ou sem coqueluche, durante o período de acompanhamento; 212.417 receberam vacinas contra herpes zoster; e 286.504 receberam vacinas contra pneumococo.

Para a vacina Tdap/Td, 7,2% dos pacientes vacinados e 10,2% dos pacientes não vacinados desenvolveram Alzheimer durante o acompanhamento; o RR foi de 0,70 e a RRA foi 0,03. Para a vacina HZ, 8,1% dos pacientes vacinados e 10,7% dos pacientes não vacinados desenvolveram Alzheimer durante o acompanhamento; o RR foi de 0,75 e o RRA foi 0,02. Já para a vacina pneumocócica, 7,92% dos pacientes vacinados e 10,9% dos pacientes não vacinados desenvolveram Alzheimer durante o acompanhamento; o RR foi de 0,73 e o RRA foi 0,02.

Os resultados permitiram concluir que os participantes com ≥65 anos que receberam a vacina Tdap/Td tinham um risco 30% menor de sofrer com esta doença. Já quem recebeu a vacina contra o HZ registou uma redução de 25% do risco e, por último, as pessoas que tomaram a vacina pneumocócica registaram uma redução de 27%.

Constatou-se ainda que existem diferenças na associação do risco de Alzheimer entre vacinações vivas atenuadas (8%) e recombinantes (73%) para HZ; no entanto, o risco de Alzheimer é semelhante para os tipos de vacina pneumocócica conjugada (27%) e polissacarídica (29%).

Para justificar as descobertas, os investigadores colocam a hipótese de as vacinas poderem melhorar a capacidade do sistema imunitário para combater as proteínas tóxicas associadas à doença ou reduzir os danos causados às células cerebrais saudáveis.

A equipa de investigação realça, no entanto, a necessidade de outros estudos para confirmar estas conclusões, incluindo um estudo prospetivo para medir especificamente o impacto das vacinas na doença de Alzheimer.

Fonte: Tupam Editores

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