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Pacientes com delirium têm maior risco de desenvolver demência

Embora o delirium e a demência sejam considerados transtornos distintos, têm uma complexa relação. Um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Queensland (UQ), na Austrália, permitiu descobrir que pacientes mais velhos que apresentam delírio têm três vezes mais probabilidades de desenvolver demência.

Pacientes com delirium têm maior risco de desenvolver demência

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Delirium é um estado de confusão agudo que afeta particularmente os idosos e que pode ter efeitos prejudiciais a longo prazo nos pacientes. De acordo com a professora Ruth Hubbard, uma das investigadoras envolvidas, cada episódio de delírio aumentava a probabilidade de desenvolver demência em 20%.

No estudo, publicado no British Medical Journal, os investigadores analisaram uma coorte de mais de 110 mil pacientes de hospitais de Nova Gales do Sul ao longo de cinco anos. Mais de 55 mil pacientes (48% homens, com idade média de 83,4 anos) que tiveram delírio foram comparados com pacientes que não tiveram.

Os participantes foram agrupados tendo em conta critérios como idade, sexo, fragilidade, motivo da internamento, tempo de permanência no hospital e tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva.

Isto para garantir que se chegasse o mais perto possível de isolar o impacto do delírio no risco de demência e para ignorar os efeitos de outros fatores que têm impacto na doença, como a idade avançada. Ambas as coortes foram acompanhadas durante cinco anos para verificar se eventualmente eram diagnosticadas com demência.

Os especialistas constataram que os pacientes com delírio tiveram um risco 39% maior de morte e um risco três vezes maior de demência incidente do que os pacientes sem delírio. A associação com demência foi mais forte nos homens, e cada episódio adicional de delírio foi associado a um risco aumentado de 20% de demência.

Para a Dra. Emily Gordon, autora principal do estudo, as descobertas destacam a necessidade de prevenção e cuidados com o delírio. Até 40% dos casos são evitáveis e os tratamentos estão facilmente disponíveis. As medidas para prevenir o delírio incluem manter os pacientes bem nutridos, hidratados e móveis.
Quando se conseguir reduzir o delírio, será possível reduzir o fardo global da demência.

Fonte: Tupam Editores

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