HIPERTENSÃO

Hipertensão na gravidez pode ter consequências para os bebés

A hipertensão, ou pressão arterial alta, ocorre em mais de 7% das gestações. Recentemente, um estudo populacional realizado por investigadores da Mayo Clinic descobriu que bebés nascidos de gestações complicadas por hipertensão tinham duas vezes mais probabilidades de desenvolver hipertensão crónica na idade adulta.

Hipertensão na gravidez pode ter consequências para os bebés

DOENÇAS E TRATAMENTOS

HIPERTENSÃO


Durante o estudo, publicado na revista Hypertension, a equipa estudou os efeitos a longo prazo da hipertensão na gravidez para quantificar o risco de hipertensão crónica geneticamente transmitida às crianças. Os resultados apoiam o reconhecimento da história materna de hipertensão como uma causa potencial de hipertensão de início precoce nos descendentes.

Os registos do Rochester Epidemiology Project de 8.755 pessoas nascidas na mesma comunidade revelaram que os bebés expostos à hipertensão no útero tinham um risco 50% maior de desenvolver hipertensão crónica mais tarde na vida. Bebés cujas mães tinham hipertensão crónica antes, durante ou após a gravidez apresentavam um risco 73% maior, enquanto os bebés expostos a ambos os fatores apresentavam um risco 140% maior.

As descobertas tiveram por base investigações anteriores, que haviam verificado que os filhos de mães com pré-eclâmpsia durante a gravidez – uma condição que pode incluir pressão alta – apresentavam um risco aumentado de derrame e de outros distúrbios cardiometabólicos mais tarde na vida.

Os especialistas estão a estudar ativamente as origens fetais da hipertensão crónica adulta para entender os mecanismos subjacentes e as origens do desenvolvimento da doença. O objetivo é melhorar o diagnóstico da hipertensão em todas as pessoas e descobrir terapias direcionadas para a condição.

Segundo Vesna Garovic, autora sénior do estudo, os pediatras devem procurar obter esse historial importante das mães dos seus pacientes, até porque as pessoas nascidas de gestações hipertensas podem necessitar de mais monitorização e triagem da saúde cardíaca e devem receber orientação médica oportuna sobre dieta, exercícios e outras medidas de estilo de vida para reduzir o risco.

Fonte: Tupam Editores

OUTRAS NOTÍCIAS RELACIONADAS


ÚLTIMAS NOTÍCIAS