PREVENÇÃO

Febre escaronodular: saiba o que é e como prevenir

O bom tempo aumenta a vontade de sair à rua, de passear pelo campo e de maior contacto com a natureza. A subida da temperatura é benéfica a vários níveis, melhora o humor, a imunidade e até a concentração, mas também comporta alguns riscos, requer cuidados com o terreno, as plantas e com certos animais.

Febre escaronodular: saiba o que é e como prevenir

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As carraças são um dos animais a que devemos ter atenção quando estamos ao ar livre, em locais com vegetação. Mais ativas com a subida da temperatura, estes parasitas fixam-se à pele para “sugar” o sangue, escolhendo frequentemente zonas do corpo quentes e húmidas, por vezes menos visíveis.

A febre escaronodular ou botonosa, mais conhecida como febre da carraça, é uma doença provocada pela picada de carraças que podem ficar várias horas ou dias a alimentar-se do sangue sem serem detetadas.
Note-se que, apesar de a febre da carraça surgir devido à picada do inseto, este é apenas um vetor dos agentes infecciosos que causam a doença, tratando-se de uma transmissão indireta. A febra da carraça é causada pela bactéria Rickettsia conorii, que pode estar presente nas mandíbulas e glândulas salivares das carraças, o que significa que nem todos os insetos estão infetados e mesmo aqueles que estão podem não transmitir a doença.

Os sintomas da patologia surgem ao fim de três a sete dias e incluem febre, erupções na pele que se distribuem pelo corpo, incluindo palma das mãos e dos pés, e uma lesão tipo crosta (designada por tache noire ou escara) no local da mordida. Em muitos casos, a mordida não é detetada pela pessoa, pelo que a realização de exames de diagnóstico complementares é essencial.

Afeta sobretudo crianças entre 1 e 4 anos de idade, de forma geralmente ligeira, sendo os grupos de risco para desenvolver doença grave os idosos e pessoas com múltiplas comorbilidades, nomeadamente diabetes, insuficiência cardíaca e alcoolismo.

Caso haja suspeita de contacto com carraças após um passeio no campo, ou apenas como prevenção, estas podem ser procuradas no couro cabeludo, principalmente atrás dos joelhos, das orelhas ou nas axilas.

Além desta, existem outras medidas que pode por em prática para prevenir a picada de carraças, como, por exemplo:
Usar peças de vestuário que cubram todo o corpo para evitar que as carraças atinjam a pele facilmente;
Preferir peças de cor clara para facilitar a identificação dos parasitas;
Preferir sapatos fechados;
Usar repelente de insetos nas zonas de pele mais expostas.

De referir que uma avaliação atempada por um médico é crucial pois o tratamento precoce é importante para a evolução e recuperação da doença.

Fonte: Tupam Editores

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