Segundo Christer Hublin, um dos especialistas envolvido na investigação, este aumento do risco de mortalidade associado ao facto de se ser uma pessoa noctívaga parece dever-se a um maior consumo de tabaco e de álcool, em comparação com as pessoas que são “matinais”.

O estudo, publicado na revista Chronobiology International, acompanhou 23.854 gémeos do Biobank do Reino Unido de 1981 a 2018 para registar possíveis causas de comportamentos relacionados à saúde. Aproximadamente 10% dos gémeos envolvidos no estudo disseram ser definitivamente pessoas noctívagas, enquanto 33% disseram que preferiam ficar acordados até tarde.

Foi levado em consideração o nível educacional de cada gémeo, consumo de álcool, tabagismo, o índice de massa corporal e a duração do sono para comparar e colocar em contraste com os estilos de vida dos noctívagos com os matinais. Os resultados permitiram apurar que os noctívagos têm um risco 9% maior de morte prematura do que os matinais.

Sabe-se há muito que aqueles que têm preferência pela noite têm maior probabilidade de beber mais, ter transtornos de abuso de álcool, além de maior propensão para outras substâncias, como o tabaco. Mas embora o consumo de álcool e o tabaco possam desempenhar um papel importante no aumento de 9% do risco, não são os únicos responsáveis.

Outras possíveis causas incluem aqueles que são do tipo noturno, que, provavelmente vão precisar de acordar cedo para ir para o trabalho/escola, e que por isso acabam por dormir menos, e a privação do sono também pode aumentar esse risco.